O Padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, quebrou com uma marreta as pedras colocadas pela prefeitura da capital no viaduto Dom Luciano Mendes de Almeida, no bairro do Tatuapé, em São Paulo. A medida adotada pela gestão municipal foi vista como uma forma de impedir os moradores de rua de ficarem no local
Em publicação nas redes sociais, o padre se mostrou indignado com a obra. "Marretada nas pedras da injustiça", escreveu Lancellotti, reconhecido na capital paulista por ser defensor e ativista pelos direitos dos moradores de rua, que somavam 24.344 pessoas em 2019, segundo censo feito pela prefeitura.
Com a repercussão negativa após a instalação das pedras, na manhã desta terça-feira (2) a prefeitura já havia mandado funcionários no local para desfazer o serviço. Em nota, a gestão municipal disse que a decisão de colocar as pedras foi tomada de forma isolada por um funcionário, que já foi exonerado.
"Tinha duas escavadeiras, cinco caminhões, três técnicos e mais de 30 funcionários. Eu derrubei algumas pedras com a marreta, mas é muito difícil, pois é concreto", explicou o padre, que tem 72 anos.
Veja:
Indignação diante da opressão. Marretada nas pedras da injustiça pic.twitter.com/kHLpXsOg0m
— JULIO LANCELLOTTI (@pejulio) February 2, 2021