Educação

Aula no Carnaval: Sindicato dos Professores pede manutenção do feriado

Categoria negocia com donos de escolas e impasse permanece

Laís Milena
Laís Milena
Publicado em 05/02/2021 às 16:08
Brenda Alcântara/JC Imagem
FOTO: Brenda Alcântara/JC Imagem

O Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro) publicou um comunicado sobre o feriado de Carnaval nas escolas. A entidade pede o cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que determina que os dias 15, 16 e 17 de fevereiro são de folga para a categoria. A dúvida surgiu após o Governo Estadual determinar ponto facultativo.

No documento, a categoria afirma que os profissionais estão cansados, devido ao excesso de trabalho em todas as escolas, em virtude da pandemia. O ano letivo de 2021 se inicia em fevereiro, no entanto muitos professores tiveram que intensificar o trabalho no mês de janeiro, seja para  finalizar o ano letivo anterior (em atraso por causa da pandemia) ou iniciar a preparação para este ano.

Outra justificativa se baseia na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), firmada entre os donos de escolas, representados pelo Sindicado das escolas particulares (Sinepe), e os professores, representados pelo Sinpro Pernambuco. Para este ano, o documento determina o início do primeiro semestre letivo de 2021 no dia 1º de fevereiro, com o feriado já previsto no calendário firmado entre as partes.

Para os professores, o não cumprimento do feriado durante os dias de Carnaval poderá acarretar prejuízo para os estudantes e suas famílias, que terão que alterar suas programações sociais e para os professores que vão perder seu direito. 

Indefinição

Pais e alunos aguardam a definição sobre as aulas durante o Carnaval. "Na nossa assembleia, 97% dos donos de escola votaram pela abertura das escolas durante o Carnaval. Os feriados deixaram de existir. Por isso é importante que as escolas funcionem. Mas estamos negociando com o sindicato dos professores", explica o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Pernambuco (Sinepe), José Ricardo Diniz.

Além da convenção de trabalho, o Sinpro também argumenta a necessidade de descanso para a categoria, que estaria sobrecarregada. "De maio até metade de janeiro não paramos de trabalhar. São muitos professores cansados, depressivos, doentes. Não dá pra abrir mão desses dias", diz o presidente do Sinpro, Helmilton Bezerra.

De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, haverá aula normal para os alunos da rede estadual durante os festejos de momo. Cada município segue o seu calendário letivo e vai anunciar se terá ou não aula durante a folia.

* Com informações do JC Online