Economia

Auxílio emergencial: Bolsonaro diz que "o brasileiro quer é trabalhar"

Presidente afirmou que o benefício deve voltar a ser pago em março, mas que não pode ser permanente

NE10 Interior
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Publicado em 11/02/2021 às 15:42
Marcelo Camargo/Agência Brasil
FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (11) que a equipe econômica estuda dar continuidade ao pagamento do auxílio emergencial, mas destacou que a medida não pode ser permanente e que representa maior endividamento ao país. Ele afirmou que 'o povo quer, na verdade, é trabalho'.

A declaração ocorreu durante uma entrevista coletiva no Maranhão, onde participou de uma cerimônia no Centro de Lançamento de Alcântara para entrega de títulos de propriedade rural. Sem informar o valor, o presidente disse que o benefício deve voltar a ser pago em março e terá duração de 3 ou 4 meses. 

"No momento, a nossa equipe juntamente com parlamentares, estudamos a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial que, repito, o nome é emergencial. Não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país. E ninguém quer o país quebrado. E nós sabemos que o povo brasileiro quer, na verdade, é trabalho”, afirmou o presidente.

Na equipe econômica, a projeção é que o valor do auxílio emergencial será de R$ 200,00. No Congresso, há tentativas de aumentar a quantia. Para Bolsonaro, continuar com o pagamento do benefício não é o bastante, para ele o comércio tem que reabrir. "Tem que acabar com esta história de fecha tudo, tem que cuidar dos mais idosos e dos que têm comorbidades. De resto, tem que trabalhar. Caso contrário, se nos endividarmos muito, o Brasil pode perder crédito e a inflação vem", concluiu.

Nordeste

Bolsonaro também falou das ações do governo nos estados do Nordeste. Segundo o presidente, apesar da região ter sido a que menos votou nele nas eleições em 2018, ele alegou que o governo “não olha no mapa” a quantidade de votos para distribuição de recursos e que continua destinando verba para os estados.