Após a operação que interceptou uma embarcação com 2,21 toneladas de cocaína, a 270 quilômetros do Recife, a Polícia Federal (PF) abriu espaço para ampliar o combate ao tráfico internacional de drogas. De acordo com a PF, a droga seguia com destino a Europa e há um forte indício de que as embarcações que transportam drogas passam pelo Arquipélago de Fernando de Noronha em direção ao continente.
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De acordo com as informações da Ronda JC, a superintendente regional da Polícia Federal em Pernambuco, Carla Patrícia Cintra, acredita que os barcos chegam em Noronha e partam para a Europa, ou que as embarcações recebam a droga no meio do mar ou que um avião jogue a carga.
"O problema em Noronha não é o tráfico local, como muitos pensam. Nossa preocupação é que, geograficamente, a ilha está num local que facilita, inclusive por causa das correntes marítimas, a saída dos barcos que chegam direto na Europa. Principalmente de veleiros", disse.
PF em Noronha
A superintendente destacou que o arquipélago tem um posto da Polícia Federal, mas que ele não tem estrutura adequada. "A condição de atuação do posto não é a ideal. Agora a gente está construindo um novo posto, com alojamento, com uma estrutura que vai permitir uma atuação mais perto da gente", afirmou. A meta é que a nova sede fique pronta até dezembro deste ano.
No veleiro interceptado no último domingo (14), havia cinco homens, todos brasileiros, que acabaram presos em flagrante por tráfico internacional de drogas. A cocaína estava distribuída em 70 sacos. Ainda não se sabe de onde a embarcação partiu.