A deputada federal Flordelis não participou da votação na Câmara dos Deputados que decidiu nesta sexta-feira (20) manter a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). Segundo a assessoria da deputada, ela teve um "mal súbito". A parlamentar é acusada, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo.
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"Por força de todo nervosismo com minha situação jurídica e política atual e o estresse que o momento me ocasiona, fui tomada por um mal súbito (ainda sequelas de um AVC), que me obrigou a buscar ajuda médica no dia de hoje. Assim, não me foi possível participar da votação sobre o Deputado Daniel Silveira e pela gravidade do tema, me posiciono sobre o episódio através dessa breve nota", diz o comunicado divulgado pela parlamentar.
Na votação, foram 364 votos a favor, 130 contra e 3 abstenções. Dessa forma, a prisão de Silveira foi matida. Ele foi preso em flagrante na terça-feira (16) após ter publicado um vídeo insultando os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e fazendo apologia ao AI-5.
Caso Flordelis
Segundo a investigação, Flordelis planejou o homicídio do pastor Anderson do Carmo e foi responsável por arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob uma simulação de ter ocorrido um latrocínio.
O motivo do crime seria o fato da vítima manter o rigoroso controle das finanças familiares e administrar os conflitos de forma rígida. Parte dos filhos adotivos do casal também são acusados de envolvimento no crime. Anderson do Carmo foi assassinado em julho de 2019.
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Como tem imunidade parlamentar, a deputada não foi presa, mas é monitorada por tornozeleira eletrônica. Assim como Daniel Silveira, o caso de Flordelis será avaliado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.