A enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinho, primeira pessoa vacina contra o coronavírus na Bahia, testou positivo para Covid-19, mesmo após tomar o imunizante. Ela teve os sintomas da doença, mal estar e febre, três dias antes de tomar a segunda dose da vacina e está internada no Instituto Couto Maia, em Salvador, com quadro clínico considerado estável.
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A diretora do Instituto Couto Maia, Ceuci Nunes, esclareceu que a infecção não é uma reação à vacina. A infectologista disse que a proteção maior ocorre após a aplicação da segunda dose, a imunização não é imediata, e preciso respeitar o período que o organismo leva para produzir os anticorpos.
Ela também destacou que não existe a possibilidade das vacinas que estão sendo aplicadas na população causar a doença.Cada organismo reage de uma forma, algumas pessoas adquirem uma boa proteção ao tomar a primeira dose. Mesmo assim, a segunda é necessária
A vacinação, no entanto, não impedem que a pessoa contraia a forma leve do coronavírus. Por isso, mesmo as pessoas vacinadas devem continuar usando máscara e mantendo o distanciamento social, até que pelo menos 60% da população brasileira esteja imunizada.
Como funciona a vacina?
Após a vacina ser aplicada o sistema imunológico começa a agir, mas isso leva um tempo. Entre a chegada da vacina no corpo e início da resposta dos anticorpos, vai um período de até 21 dias, sem contar a segunda dose. É por isso que, uma pessoa vacinada não está blindada contra a Covid-19.
Nem todas as vacinas precisam da segunda dose, mas a Covid-19 é uma doença recente que pouco se sabe, por isso, a maioria dos laboratórios fez testes considerando já a possibilidade de uma segunda dose. Do contrário, se a primeira não fosse suficiente, seria necessário iniciar novos testes.
Não quer dizer que a primeira dose não sirva, mas que a resposta completa, mais forte e duradoura, vem com a segunda. Especialistas alertam que a vacinação é uma ação coletiva, as pessoas precisam se vacinar para se proteger e proteger as demais.