Alerta

Conselho de Veterinária alerta sobre consumo de pescados após casos de doença rara em Pernambuco

Consumidor deve ficar atento a conservação e armazenamento de peixes, crustáceos e moluscos.

NE10 Interior
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Publicado em 25/02/2021 às 18:21
Acervo/JC Imagem
FOTO: Acervo/JC Imagem

O Conselho Regional de Medicina Veterinária de Pernambuco (CRMV-PE), divulgou nesta quinta-feira (25), um comunicado sobre os cuidados com os pescados (peixes, crustáceos, moluscos) após casos confirmado de Doença de Haff, conhecida como "doença da urina preta" no estado. O alerta é para que os consumidores fiquem atentos na hora de comprar os itens, especialmente no período da Quaresma.

Segundo o Conselho de Veterinária, os pescados são produtos muito perecíveis, por isso as pessoas devem ficar atentas a procedência, conservação, o transporte e o armazenamento dos peixes, crustáceos e moluscos para evitar riscos à saude. Caso o produto seja adquirido na feira, é necessário identificar se o peixe está sendo mantido no gelo.

De acordo com a médica veterinária e especialista em Engenharia de Sistema de Gestão de Segurança dos Alimentos, Ana Magna de Carvalho, a temperatura precisa ser rigorosamente seguida. “Os peixes frescos devem estar em torno de 0ºC, já o peixe congelado em -18ºC, respeitando essa cadeia de frio desde o momento da captura nos barcos até a comercialização, com inspeção de profissional capacitado”, explicou.

Síndrome de Haff

Ela também destaca que a Síndrome de Haff, segundo a principal linha de pesquisa, está associada a toxinas produzidas por microalgas e consumidas por peixes salgados e doces. Está substância podem se acumular nos órgãos e tecidos dos animais e serem transmitidas para os seres humanos durante o consumo do alimento.

“Apesar disso, não se sabe, ainda, qual a toxina responsável pela intoxicação, mas acredita-se que faça parte do grupo das Palytoxinas, sendo necessário mais pesquisas na área”, disse. A profissional ressaltou, entretanto, que essa substância resiste a altas temperaturas e não altera a cor, cheiro e sabor do alimento, o que aumenta os riscos para os consumidores.

No Brasil há poucos casos da doença, mas é necessário tomar os devidos cuidados. Para evitar a contaminação é importante o consumidor ter cuidado com o local onde se compra os pescados, checar como é feito o transporte e armazenamento. O importante é comprar, apenas, em lugares onde se tenha garantia da procedência e segurança.