Doença

Mulher que está na UTI com Síndrome de Haff apresenta melhora

Irmã dela teve alta e falou que o filho também comeu o peixe, mas em quantidade menor

NE10 Interior
NE10 Interior
Publicado em 26/02/2021 às 15:59
Arnaldo Carvalho/JC Imagem
FOTO: Arnaldo Carvalho/JC Imagem

A empresária Flávia Andrade, de 36 anos, que adquiriu a Síndrome de Haff após ingerir um peixe da espécie arabaiana, recebeu alta hospitalar na quarta-feira (24). A irmã dela, a veterinária Pryscila Andrade, de 31 anos, que também contraiu a síndrome, conhecida como 'doença da urina preta', continua internada na UTI do Real Hospital Português (RHP).

A mulher apresentou melhora no quadro clínico, segundo informações dos familiares. Em entrevista à TV Jornal, nesta quinta-feira (25), a irmã dela, Flávia Andrade falou sobre os primeiros sintomas da doença, após a ingestão do peixe comprado no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife. 

"Teve um primeiro consumo na minha casa, do peixe, e eu tive muita dor abdominal, dor torácica, dor no estômago. Já no segundo consumo, meu filho também comeu, e minha irmã. Meu filho consumiu uma quantidade muito pequena, graças a Deus", afirmou.

Flávia explica que a irmã apresentou mais sintomas. "Como ela estava paralisada, fizeram vários exames nela na hora e ela já foi pra UTI naquele mesmo instante", conta. Ainda segundo ela, no momento em que foi socorrer a irmã, ela começou a sentir os sintomas com mais força. 

"No ato do socorro da minha irmã, após quatro horas, mais ou menos, da ingestão do peixe, eu fiquei travada da nuca para o quadril. Eu conseguia mexer apenas pernas e braços, pensei que era estresse, ou dor muscular, fui atendida por um ortopedista e ela ficou sendo socorrida", conta.

Apenas no dia seguinte, após realizar exame, foi constatada a presença da toxina em seu organismo. "No outro dia, quando eu fui conversar com o médico foi que ele explicou o consumo da arabaiana. Ele passou o meu exame na mesma hora e foi constatado que eu estava com a mesma toxina", diz.

Quanto a coloração da urina, Flávia revelou que apenas a de sua irmã teve alterações. A dela, no entanto, permaneceu normal. "A urina dela [da irmã] ficou preta na mesma hora no hospital, já a minha não", completou.

Casos suspeitos da síndrome

Cinco casos ainda estão suspeitos de Síndrome de Haff em Pernambuco, com isso os médicos fazem um alerta para que os consumidores fiquem atentos ao comprar e ingerir pescados. 

A enfermidade é causada pela contaminação com uma toxina que se desenvolve em peixes que não são bem armazenados em temperaturas adequadas. A substância não altera o sabor e nem a aparência do alimento.

A síndrome acontece de forma repentina e é caracterizada pela ruptura das células musculares, o que leva ao aparecimento de alguns sinais e sintomas como:

- Náusea;
- Vômito;
- Diarreia;
- Febre;
- Vermelhidão na pele;
- Falta de ar;
- Dormência no corpo;
- Insuficiência renal.

Assista a reportagem completa: