ENTREVISTA

Saiba a importância da estimulação pedagógica

A pedagoga e psicopedagoga clínica Roberta Marculino falou sobre o tema

Samara Pontes
Samara Pontes
Publicado em 27/02/2021 às 10:52
Reprodução/NE10 Interior
FOTO: Reprodução/NE10 Interior

Nessa quinta-feira (25), o Consultório da Rádio Jornal Garanhuns recebeu a pedagoga e psicopedagoga clínica Roberta Marculino. A profissional explanou o tema das dificuldades de aprendizagem e a importância da estimulação pedagógica. Com a pandemia, os problemas podem ter se acentuado e os cuidados agora devem ser redobrados.

Inicialmente, a professora relata que alguns problemas com a volta às aulas presenciais já podem ser notados. Se a criança não foi estimulada corretamente durante o período, os problemas podem ser mais nítidos. "Hoje a gente já percebe uma mudança na falta de atenção, concentração e uma ansiedade em perguntar, saber mais e a saudade também do ambiente escolar. O foco dos alunos está um pouco mais prejudicado", relata.

E com relação as dificuldades de aprendizagem, Roberta explica que é importante diferenciar transtorno de dificuldade: "As dificuldade vão ter origem cultural, emocional, algo que teve relação com esse momento de aprender. Já o transtorno não, ele vai ter uma origem neurobiológica e para o diagnóstico é preciso uma análise maior e multiprofissional".

Os tipos de dificuldades são diversos. Pode ser desde um problema com determinada matéria, passando por alguma desconcentração. Cada caso tem uma origem, um porquê que pode ser solucionado. O grande problema é quando essa dificuldade é deixada de lado e a criança vira um adolescente ou adulto frustrado porque não conseguiu absorver determinados conteúdos tanto quanto gostaria.

"Antigamente não existia um direcionamento para esses problemas, as coisas eram muito mais mecânicas. Se eu tinha um problema com a matemática, por exemplo, focar na tabuada era uma saída, porém é preciso entender a importância da estimulação pedagógica nesses casos. Quanto mais cedo a criança receber essa atenção individualizada, melhor será para ela e toda a família", exemplificou a psicopedagoga.