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Cientistas detectam primeiro furacão espacial da Terra

O fenômeno foi detectado com 1.000 km de largura e altura de centenas de quilômetros.

NE10 Interior
NE10 Interior
Publicado em 09/03/2021 às 12:01
Qing-He Zhang / Universidad Shandong
FOTO: Qing-He Zhang / Universidad Shandong

Uma equipe internacional de cientistas da Universidade Shandong, da China, observaram um redemoinho com largura aproximada de 1.000 km e altura de centenas de quilômetros. A comunidade científica alega que nunca foi registrado um furacão espacial como este.

Geralmente, os furacões são registrados em camadas mais baixas da atmosfera, mas nunca houve registro de um na alta atmosfera até então. A equipe chinesa foi comandada pelo professor Qing-He Zhang, que explicou a origem do nome do fenômeno.

"Estamos observando um fenômeno com características de furacão na atmosfera superior sobre o pólo norte magnético, que chamamos de furacão espacial", disse Zhang à BBC News Mundo.

O professor liderou a equipe de pesquisa
O professor liderou a equipe de pesquisa
Cortesia de Qing-He Zhang

Apesar de já haverem teorias sobre a existência desse tipo de furacões, esta é a primeira vez que o fenômeno foi registrado. O estudo foi publicado na revista Nature Communications.

"Até agora, não havia certeza da existência de furacões de plasma, então ser capaz de provar que eles existem com esta observação é incrível", disse Mike Lockwood, cientista espacial da Universidade de Reading, na Inglaterra, que também esteve envolvido no estudo.

Duração e pesquisa

A equipe detalhou que o furacão espacial durou aproximadamente oito horas. "Neste estudo, apresentamos a observação de um furacão espacial de longa duração, enorme e energético na ionosfera sobre o pólo norte magnético, que depositou energia do vento solar e da magnetosfera na ionosfera ao longo de um período de várias horas", o estudo registra.

O furacão espacial foi identidifcado com base em observações de satélite de 2014. "Meu grupo de pesquisa na Universidade de Shandong se concentra principalmente na conexão da ionosfera e da magnetosfera, e seus impactos nas condições meteorológicas e espaciais", disse o professor Zhang.

*Com informações do UOL