O Ministério da Saúde assinou nesta sexta-feira (12) um contrato para receber 10 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya da Rússia e importado pelo laboratório União Química. O imunizante tem 91,6% de eficácia contra casos sintomáticas da Covid-19.
O cronograma inicial prevê que 400 mil doses da vacina podem chegar ao Brasil até o fim de abril. Em maio, a expectativa do governo é receber outras 2 milhões de doses e, em junho, 7,6 milhões.
A vacina ainda não tem registro ou autorização de uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas representantes da Sputnik V vem se reunindo com a agência. Para facilitar a distribuição no país, quando a vacina for autorizada, os desenvolvedores firmaram parceria com a farmacêutica brasileira União Química.
De acordo com o ministério, a União Química afirmou que pretende fabricar o imunizante no Brasil, em São Paulo e no Distrito Federal. A possibilidade será avaliada pelo Ministério da Saúde nas próximas semanas e pode levar à outro acordo comercial.
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"Agora, para que possamos efetivamente aplicar a Sputnik V em nossa população e realizar os pagamentos após cada entrega de doses dessa vacina, só necessitamos que a União Química providencie com a Anvisa, o quanto antes, a autorização para uso emergencial e temporário".
Acordos com estados do Nordeste
Os Governadores do Nordeste anunciaram, nessa quinta-feira (11), um acordo para a compra de 39,6 milhões de doses da vacina russa. O Projeto de Lei (PL) 534/2021 autoriza estados, municípios e o setor privado a comprarem vacinas contra covid-19 com registro ou autorização temporária de uso no país.
De acordo com o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), o contrato de compra seria assinado na manhã desta sexta-feira (12). A proposta já havia sido apresentada ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.