Protesto

Sem água, moradores de Machados protestam e bloqueiam entrada da cidade

Moradores cobram melhorias no abastecimento e cumprimento do calendário

Alfredo Neto
Alfredo Neto
Publicado em 12/03/2021 às 9:48
LUÍS CORREA - DIVULGAÇÃO
FOTO: LUÍS CORREA - DIVULGAÇÃO

Sem abastecimento regular há aproximadamente três meses e com o racionamento agravado nas últimas semanas, alguns moradores do município de Machados, no Agreste do Estado, não param de cobrar melhorias no abastecimento e o cumprimento do calendário divulgado pela própria Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).

Rotineiramente, reclamações são registradas na programação jornalística da Rádio Jornal Limoeiro.

Cansados de esperar pela água na torneira, de pagar a conta mensalmente e de comprar água de forma alternativa, gerando mais uma despesa no orçamento, dezenas de moradores realizaram um protesto para mostrar a insatisfação com a falta de água. Na tarde dessa quinta-feira (11), eles interditaram a entrada da cidade, na altura da comunidade de Laranjeiras, onde fica o portal. Pneus e troncos e folhas secas de bananeiras foram queimados durante mais de duas horas.

Alguns motoristas de caminhões não se intimidaram com as chamas e chegaram a passar com os veículos por dentro do protesto, como mostra um vídeo encaminhado via WhatsApp à nossa reportagem. Motociclistas se arriscaram ao utilizar as laterais da via para atravessar a área interditada. O fogo foi apagado no início da noite com a chegada de uma viatura do Corpo de Bombeiros.

Em resposta à reportagem da Rádio Jornal Limoeiro, a Compesa informou, por meio de nota, que a barragem que abastece Machados entrou em colapso e, com isso, não existe a possibilidade de atender, no momento, as áreas mais altas, a exemplo de Laranjeiras e Machadinho. Ainda no documento, a companhia afirmou que caminhões-pipa serão contratados para abastecer as residências.

Confira abaixo a nota na íntegra:

“A Compesa esclarece que a Barragem de Condadinho, responsável por abastecer a cidade de Machados, está em colapso. O manancial responde pela oferta de 15 l/s e recebe o complemento do Sistema Siriji com 10 l/s. Com o colapso, a oferta foi reduzida em 60% impactando no abastecimento. A Compesa esclarece, ainda, que realizou ajustes no calendário, porém não está sendo possível atender as áreas elevadas dos bairros de Laranjeiras e Machadinho diante das dificuldades da adequada pressão da rede. Desta forma, para atender a estes moradores, a Companhia está contratando carros-pipa para realizar o atendimento destas áreas”.