O decreto do Governo de Pernambuco, que determina uma quarentena mais rígida em todo o Estado a partir da próxima quinta-feira (18), tem repercutido entre representantes de diversos setores. Em Caruaru, no Agreste, o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Caruaru (Sindloja), Manoel Santos, falou em entrevista à Rádio Jornal que esta nova medida pode ocasionar sérios problemas para empresários e trabalhadores.
"Essa situação é um tiro no peito do empresário. Vamos ter uma situação de calamidade, com empresas fechando, e mesmo que não fechem vai haver a necessidade de reduzir quadro [de funcionários]", disse Manoel. "Essa conta que começa a ser paga pelo empresário vai ser paga também pelo trabalhador, que vai perder o seu emprego, e não vai ter outra empresa contratando porque ela vai estar em dificuldade também", afirmou.
Manoel alegou ainda que o governo estadual não tomou as medidas necessárias para evitar o aumento dos casos na região e não fiscalizou as atividades de diversos setores, como por exemplo os bares, que apresentaram superlotação em diversos dias na cidade. O presidente do Sindloja destacou ainda que o sindicato pediu ao Estado que desenvolvesse ações para evitar a superlotação nos transportes públicos.
"Ao invés de fechar, era pra prolongar o horário, pra reduzir a concentração de pessoas. O ideal seria que se trabalhasse de domingo a domingo nesse período de pandemia", falou Manoel. "No final, que tá pagando a conta é o empresário. Alguns empresários estão em pânico porque estão vendo o comprometimento do pão de cada dia."
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