Após oitenta e seis dias de colapso na rede hospitalar, a Secretaria de Saúde do Amazonas informou, nesta quarta-feira (24), que zerou fila de pacientes com Covid-19 que aguardavam leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em unidades de saúde de Manaus. Com isso, o governo do Estado deu início à “Operação Gratidão“, oferecendo leitos para outros locais.
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A fila de espera no estado teve início no dia 6 de janeiro e chegou a ter mais de 500 pacientes aguardando uma vaga durante o colapso que atingiu o sistema de saúde. No auge de busca por hospitais, a rede chegou a internar 258 pessoas em um único dia, em 14 de janeiro e teve pacientes transferidos para outros estados.
O número de internações foi diminuindo e na última semana ficou em 50 internações ao dia. Na terça-feira (23), o boletim epidemiológico fechou sem registrar pedidos de transferências em aberto, em Manaus, pelo segundo dia consecutivo. A queda foi alcançada após um rígido plano de isolamento social, que chegou a proibir a circulação de pessoas durante alguns dias.
Segundo boletim desta quarta-feira (24), a taxa de ocupação de UTIs no estado está em 75%, a menor entre as unidades da federação. Dessa forma, o estado começa a retribuir o apoio que teve de outras localidades em seu momento mais crítico.
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"As taxas de ocupação de leitos de UTI têm ficado abaixo de 80%, o que possibilitou a disponibilidade de 11 leitos de UTI e 16 leitos clínicos para pacientes de Rondônia e do Acre, na semana passada. Nesta terça-feira foram ofertados mais seis leitos de UTI e 18 leitos clínicos para os dois estados, por meio da 'Operação Gratidão', realizada pelo governo do Amazonas em parceria com os Ministérios da Saúde e da Defesa", explicou a pasta.
Além disso, a iniciativa estadual tem enviado ainda insumos para outras unidades federativas. A Secretaria de Saúde do Amazonas enviou 200 cilindros de oxigênio para o Paraná, 70 concentradores de oxigênio para o Rio Grande do Norte e outros 50 concentradores para Rondônia, este último também já recebeu 18 mil unidades de medicamentos para tratamento da Covid-19, dentre os quais neurobloqueadores e sedativos.