No último dia 24 de março foi celebrado o Dia Mundial de Combate a Tuberculose e, nessa segunda-feira (29), a radialista Samara Pontes conversou com a pneumologista Simone Marrocos. Durante o Consultório, da Rádio Jornal Garanhuns, a profissional tirou dúvidas a respeito da doença que segue bastante prevalente no Brasil e no mundo.
Provoca estranhamento que uma doença tão antiga, ainda cause estragos mundo à fora. Mas a profissional explica: "Tanto as condições de vida desfavoráveis, condições de moradia, de alimentação, pessoas desnutridas e imunodeprimidas, se tornam causas para números tão alarmantes. Até março do ano passado, era a doença infecto-contagiosa que mais matava. Em 2018 nós tínhamos 10 milhões de novos infectados e 1,5 milhão de pessoas morreram devido a tuberculose", alertou.
A doença é causada pela Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. "De forma mais frequente, o bacilo age nos pulmões, mas também pode atingir outros órgãos. Começa com uma tosse que não para e que pode vir acompanhada de secreção ou não. Às vezes pode culminar com febre. O problema é que muitos tomam xaropes para amenizar os sintomas, se automedicam e postergam assim o problema". O sangue, que pode aparecer misturado à secreção, geralmente surge em casos mais severos.
Sobre o tratamento, Marrocos alerta para a não suspensão do mesmo. "O tratamento geralmente dura 6 meses, mas pode passar disso dependendo dos casos, o que faz muita gente desistir. É importante salientar que poucos dias após o início do tratamento o paciente não transmite mais a doença. Além de ser um tratamento totalmente disponibilizado pelo SUS é seguro e eficaz", pontuou a pneumologista.
Veja abaixo a entrevista completa: