Vacinas

Ministério da Saúde pode adaptar fábricas de vacina para animais para produzir imunizantes contra Covid-19

A afirmação foi feita pelo ministro Marcelo Queiroga, neste sábado (3), após conversa com o presidente da OMS.

NE10 Interior
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Publicado em 03/04/2021 às 15:28
Rovena Rosa/Agência Brasil
FOTO: Rovena Rosa/Agência Brasil

Para aumentar a capacidade de produção de vacinas no Brasil, o Ministério da Saúde pode adaptar fábricas de vacinas para animais e usá-las na fabricação de imunizantes contra a Covid-19 para prevenção em humanos. A afirmação foi feita pelo ministro Marcelo Queiroga, neste sábado (3).

O ministro disse que se reuniu com o presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, e que o tema foi levantado como uma forma de garantir um maior número de doses nos próximos meses. No momento, a fabricação está centrada no Instituto Butantan, em São Paulo e na Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Nos próximos meses o complexo de Bio Manguinhos, também no Rio, deve começar a ser utilizado. Queiroga garantiu que será feita uma análise “para a adequação dos parques que produzem vacinas animais para utilizá-los para produzir vacinas em humanos”.

Máscaras, distanciamento social e vacina

“O Brasil é um dos focos da doença, estamos perdendo, todos os dias, muitos brasileiros. Isso decorre da pressão sobre o sistema de saúde”, explicou ainda Queiroga. O ministro ainda ressaltou que a intenção em abril é vacinar 1 milhão de pessoas por dia.

“Temos a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Butantan nos assegurando 30 milhões no mês de abril”, explicou ele reforçando que está buscando acordos para que o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), da Fiocruz seja produzido no Brasil.

O ministro ainda disse que o uso de máscaras e o distanciamento social são fundamentais no combate à doença até que a população esteja imunizada. Queiroz não deu um prazo para que as fábricas de vacina para animais sejam adaptadas para produzir imunizante contra Covid-19.

Por fim, o ministro disse que se reunião com o presidente Jair Bolsonaro e o novo comandante da Defesa, Braga Netto, para discutir a logística da distribuição dos imunizastes no Brasil. “Teremos apoio das Forças Armadas na logística, e com o corpo técnico da área da saúde, ajudando estados e municípios a vacinar de maneira efetiva”, afirmou.