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Polícia Federal deflagra operação contra Ricardo Salles por corrupção no Ministério do Meio Ambiente

O STF autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal de Salles.

Eduarda Cabral
Eduarda Cabral
Publicado em 19/05/2021 às 9:25
FABIO RODRIGUES POZZEBOM / AGÊNCIA BRASIL
FOTO: FABIO RODRIGUES POZZEBOM / AGÊNCIA BRASIL

Na manhã desta quarta-feira (19), a Polícia Federal deflagou a Operação Akuanduba, que tem como objetivo apurar crimes contra a administração pública, como corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando, praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro. A operação tem como alvo o atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e servidores da pasta.

A ação é autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, que por meio do ministro Alexandre de Moraes autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal de Salles. Uma equipe com cerca de 160 policiais federais cumprem 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Pará. 

O STF determinou o afastamento preventivo de dez agentes públicos, que ocupam cargos e funções de confiança no Ibama e na pasta do Meio Ambiente. Também foi determinada a suspensão imediata da aplicação do Ibama.

Investigações

De acordo com a PF, as investigações da operação começaram em janeiro de 2021 e tiveram início a partir de informações obtidas com apoio de autoridades estrangeiras, que noticiaram um possível desvio de conduta dos servidores públicos brasileiros na exportação de madeira.

O nome da operação, "Akuanduba", daz referência a uma divindade dos índios Araras, que vivem no Pará. A lenda diz que, se alguém realizasse algum ato em excesso, contrariando as normas, a divindade tocaria uma flauta para restabelecer a ordem.