Pandemia

Nova variante brasileira já está presente em 21 cidades de São Paulo

Chamada de P4, cientistas dizem que ainda é cedo para saber se variante é mais transmissível que as outras.

NE10 Interior
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Publicado em 29/05/2021 às 11:06
SES-PE
FOTO: SES-PE

Uma nova variante do coronavírus foi descoberta por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) na cidade de Porto Ferreira, em São Paulo. A variante tem uma mutação similar à cepa do SARS-CoV-2 indiana e já está presente em pelo menos 21 cidades do interior paulista.

Segundo os cientistas responsáveis pela pesquisa, ainda é cedo para saber se a nova variante, chamada de P4,  tem maior poder de transmissibilidade. Por ser uma variante com uma mutação semelhante à cepa indiana, os pesquisadores resolveram investigar e encontraram a mutação: L452R.

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A gente pode dizer que ela está circulando no estado, mas não tem como afirmar se ela está consolidada. Como nós a descobrimos muito recentemente, a gente não sabe se daqui a pouco a P.4 vai desaparecer sozinha, se vai surgir uma outra [variante], ou se ela vai se manter. Isso é uma coisa que não dá para a gente avaliar ainda, vamos ter de observar o comportamento", afirma a pesquisadora Cintia Bittar, que integra o grupo de cientistas da Unesp que fez a descoberta.

A mutação L452R, segundo Bittar, pode estar ligada a um escape imunológico, o que pode ocasionar casos de  —e assim reinfecções de covid-19. Atualmente, o país apresenta duas variantes de origem nacional com maior circulação: as P.1 e a P.2, que têm outros tipos de mutações genéticas.

Confirmação de variante 

Após fazer a descoberta, a equipe comunicou ao grupo internacional responsável por definir se o achado deve ser classificado como uma nova variante ou não. A confirmação foi feita e a variante ganhou o nome de P.4. 

O trabalho envolveu pesquisadores dos campi de São José do Rio Preto, Botucatu e Araraquara da Unesp e que integram o projeto de pesquisa da rede Corona-Ômica, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Também envolveu pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) Pirassununga e Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. O achado científico já foi validado internacionalmente.

*Com informações do UOL