Cumprindo a agenda nos municípios do Agreste de Pernambuco, os ministros da saúde e do turismo visitaram mais duas cidades na manhã deste domingo (30). Após uma reunião com a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, Marcelo Queiroga e Gilson Machado, visitaram as cidade de Toritama e Santa Cruz do Capibaribe.
Em Toritama, os ministros foram recebidos pelo vice-prefeito, Romero Filho, pelo Secretário Municipal da Saúde, Júnior Mariano, pelo Presidente da Câmara de Vereadores, José Ferreira e pelos Vereadores, Mava e Derivaldo. Na ocasião os ministros visitaram o Hospital de Campanha de Toritama e falaram sobre o abastecimento de oxigênio, a disponibilidade de mais testes de detecção do Covid-19 e e a possibilidade de envio de mais vacinas para o município.
Em seguida, a comitiva se direcionou para a cidade de Santa Cruz do Capibaribe, onde foram recepcionados pelo prefeito Fábio Aragão, o vice-prefeito Helinho Aragão, o deputado Diogo Moraes, a secretária de Saúde Lívia Borba e alguns vereadores. O objetivo também foi de visitar o hospital de campanha de Santa Cruz, entender as ações que o município vem tomando para o enfrentamento a pandemia do novo coronavírus e fazer a entrega oficial dos concentradores de oxigênio que chegaram na última sexta-feira (30).
Além da visita ao hospital Marcelo Queiroga e Gilson Machado passaram pelo Moda Center de Santa Cruz. Os ministro também irão passar pelas cidades de Garanhuns e Lajedo ainda neste domingo (30).
Mais vacinas para o Agreste
Na última semana, o Governo de Pernambuco anunciou que o Agreste está em alerta máximo pelo aumento de casos e da procura por leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Durante uma visita a Caruaru na manhã deste domingo (30), a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, se reuniu com os ministros e reforçou que está sendo feito um estudo para observar se existe uma nova variante no Agreste, que justifique o aumento de casos na região.
"Iniciamos um estudo para poder entender se existe algum tipo de variante no Agreste que justifique esse crescimento, superlotando as unidades de saúde. Dessa forma, poderemos fundamentar a solicitação ao ministério por mais vacinas, com base nesse estudo", explicou Raquel.
Questionado se o envio de mais doses para o Agreste pernambucano poderia evitar o quadro atual da região com relação à contaminação pelo coronavírus, o ministro declarou que a escassez de imunizantes seria um problema mundial, não apenas brasileiro. "Carência de vacinas é mundial, não é só em Pernambuco. Mas o Brasil já está entre os países que mais distribuem vacinas. Só com a Pfizer, nós temos um contrato para o fornecimento de 200 milhões de doses, o que torna o Brasil o segundo país a distribuir mais doses desta vacina", declarou o ministro.
Distribuição de Oxigênio em Caruaru
Na última semana, mais de 33 municípios do Agreste estão em situação de risco de desabastecimento de oxigênio. No entanto, durante a a visita técnica aos hospitais da região, o secretário de saúde do Estado, André Longo e o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, reforçaram que não há falta de oxigênio.
> Mais de 33 municípios do Agreste estão em situação de risco de desabastecimento de oxigênio
"É preciso que fique bem claro para a população, nós não temos um problema de fornecimento de oxigênio. Visitamos a fábrica White Martins, que tem capacidade abastecer todo o estado. O que acontece é que em municípios menores, não existem os tanques criogênicos que armazenam o oxigênio em grandes quantidades", disse André Longo durante a visita técnica em Gravatá.
De acordo com o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, o oxigênio é distribuído na forma líquida. Nesse caso, os hospitais que são mais equipados dispõe de tanques que guardam esse oxigênio. Mas existem outros em que oxigênio só é possível de ser ofertado com o cilindros.
"O oxigênio pode ser distribuído na forma líquida em tanques criogênicos, esse é o caso de Caruaru, que possui esses tanques capazes de armazenar grandes quantidades de oxigênio. Nos demais municípios, o abastecimento é feito por cilindros e a uma carência de cilindros. Mas estamos apoiando as secretarias municipais e estadual para que não haja falta desse insumo", afirmou o ministro.
Marcelo Queiroga também reforçou que será distribuído mais concentradores no Agreste. No nordeste, há previsão para distribuição de 1700 concentradores que ajudaram no enfrentamento a pandemia.