Chocante

Mulher passa mal, morre em ponto de ônibus e corpo só é removido 13h depois

Marido da vítima passou a madrugada diante do corpo da mulher, fazendo ligações para vários órgãos para que o corpo fosse retirado.  

NE10 Interior
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Publicado em 02/06/2021 às 14:17
Reprodução/Pixbay
FOTO: Reprodução/Pixbay

Uma mulher passou mal e morreu em um ponto de ônibus, no início da noite da terça-feira (1º). Após a morte o corpo dela ficou no local até a manhã desta quarta-feira (2). O caso aconteceu no Caju, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, treze horas depois a morte, o corpo ainda estava no mesmo lugar.

A mulher de 42 anos, era auxiliar de limpeza e estava voltando do trabalho. Ela aguardava o transporte público em ponto de ônibus, em frente ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) quando, por volta das 18h, começou a ficar sem ar e desmaiou.

Pessoas que estavam no ponto e policiais militares chegaram a reanimá-la. A mulher, ainda conseguiu dar o contato do marido e de um filho, que foram avisados e correram para o local. No entanto, antes que eles chegassem, ela teve outro mal súbito, não resistiu e morreu. 

O esposo dele, disse que uma equipe do Samu esteve lá e lhe deu o atestado de óbito, mas não removeu o corpo. Ele também contou que ligou para o Instituto Médico-Legal (IML), mas ninguém apareceu. De acordo com o G1 o IML fica a apenas 2 km do ponto.

Quem faz a retirada do corpo?

O esposo contou que passou a madrugada diante do corpo da mulher, fazendo ligações para vários órgãos para que o corpo fosse retirado.  

“A luta é essa aí para remover o corpo. A Polícia Civil disse que era com a Defesa Civil ou com o Samu. O Samu pedia que entrasse em contato com a Defesa Civil. Liguei para lá mais de cinco vezes, e eles empurravam de novo para o Samu. Nesse 'fica empurrando', estou até agora sem resolver as coisas”. contou o marido da vítima. 

A PM disse que a remoção de corpos é de responsabilidade da Polícia Civil apenas em casos de morte violenta. Para mortes por causas naturais em via pública, o caso de Cristiane, a PM aciona a Polícia Civil até o local para fazer o registro do óbito. Em seguida, os agentes chamam o Corpo de Bombeiros para fazer a remoção do corpo.

Segundo o esposo, ninguém da família foi informado desse procedimento. O corpo só foi removido por um rabecão da Defesa Civil Estadual às 8h50, quase 14 horas depois de Cristiane ter morrido.

*Com informações do G1