Um homem, com 71 anos de idade, morreu na cidade de Campo Grande com suspeita de infecção pela mucormicose conhecida popularmente como "fungo preto". O idoso testou positivo para a Covid-19 no dia 18 de maio. Apesar de ter recebido as duas doses da vacina contra o coronavírus, ele estava sendo observado pelo serviço de Saúde do Mato Grosso porque tinha tinha diabetes e hipertensão arterial.
O boletim médico do hospital em que ele estava internado informou que o homem apresentou a mucormicose no olho esquerdo, com ferida intensa na região da pálpebra e “lesão necrótica superior poupando a borda, apresentando quemose conjuntival sanguinolenta e úlcera corneana’’.
Outros casos em investigação
Além do caso desse idoso, são investigados outros dois casos no Brasil. Um deles é de um homem de 52 anos da cidade de Joinville, em Santa Catarina. Em função à fraqueza, relacionada à Covid-19, ele desenvolveu uma complicação metabólica chamada cetoacidose diabética, relacionada ao diabetes, o que o torna paciente de risco para a mucormicose.
O outro paciente tem 39 anos e está no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Ele apresentou quadro moderado de coronavírus e não apresenta comorbidades associadas ao fungo negro, como diabetes e doenças onco-hematológicas.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, de janeiro de 2018 até hoje foram registrados 137 casos da doença no Brasil. Em 2019, houve o maior número de registros — 47 casos. Em 2018 e 2020, foram apontados, respectivamente, 25 e 36 casos. Este ano, foram anotados, até o momento, 29 casos. Quatro deles foram após infecção por Covid-19.
*Com informações do Correio Braziliense