Saúde

Dia mundial da Imunização: saiba o que é a imunoterapia e seu papel no tratamento do câncer

Imunoterapia é um tipo de tratamento para câncer mas possui ligação com vacinas utilizadas para prevenir a doença.

NE10 Interior
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Publicado em 09/06/2021 às 18:52
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Nesta quarta-feira (9), é celebrado o dia mundial da imunização, em tempos de pandemia, a data se tornou ainda mais importante. No entanto, a Imunoterapia, tratamento para câncer, também faz parte da data, já que existe uma ligação entre vacinas e o tratamento. O motivo é que algumas vacinas são utilizadas para prevenir o surgimento de cânceres. 

O câncer é uma doença que preocupa muito as pessoas. Mas, nos últimos anos, novas técnicas têm sido implementadas na prevenção e no tratamento aos tipos deste mal. De acordo com dados da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC) um em cada cinco homens e uma em cada seis mulheres no planeta desenvolvem câncer durante a vida.

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostra que, em 2019, foram registrados cerca de 582 mil novos casos, sendo quase 282,5 mil em homens e pouco mais de 300 mil em mulheres. Um dos novos métodos que surgiram com resultados significativos, principalmente na melhoria da qualidade de vida dos pacientes é a Imunoterapia.

Segundo Dahra Teles, hematologista do Núcleo de Oncologia do Agreste (NOA), a imunoterapia funciona de forma diferente dos tratamentos convencionais. “Enquanto na quimioterapia e nas drogas-alvo a meta dos medicamentos é atacar diretamente as células tumorais, na Imunoterapia o principal objetivo é auxiliar o próprio sistema imunológico do paciente a identificar e combater o câncer, a fim de que ele mesmo consiga destruir as células cancerígenas”, explica. 

Tratamento para todos os cânceres? 

Ainda de acordo com hematologista, apesar de ser um tratamento eficiente, a Imunoterapia ainda não pode ser aplicado a todos os cânceres. Cancêr de bexiga, de rim, de pulmão, de cabeça e pescoço e melanomas são alguns dos tipos de tumores tratados pelos oncologistas que podem fazer uso da Imunoterapia.

“A escolha do tratamento depende do diagnóstico do paciente, características da doença, se está mais avançada ou em fase inicial, e características do paciente como idade e outros problemas de saúde); após essa avaliação completa, a escolha do tratamento deve ser individualizada, definindo se será realizada apenas imunoterapia, se imuno mais quimioterapia ou se imuno mais radioterapia”, acrescenta a especialista.

Dahra Teles, ainda explica que o efeito do tratamento possui menos efeitos colaterais do que no tratamento com quimioterapia. "A técnica provoca menos impactos na qualidade de vida do paciente”, finaliza.