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Privatização dos correios vai acontecer? Projeto está em tramitação na Câmara

O Governo Federal pretende privatizar 100% do capital da empresa.

Eduarda Cabral
Eduarda Cabral
Publicado em 06/07/2021 às 9:55
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FOTO: Fotos Públicas

O Ministério da Economia fechou um modelo para a privatização de 100% dos Correios. O Governo Federal, por meio do secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, disse em entrevista ao portal O Globo que a ideia é se desfazer do capital da empresa. 

Cord informou que o governo pretende vender o controle da companhia integralmente, em formato de leilão, ou “com abertura de envelopes”. A votação do projeto foi marcada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a próxima semana, antes do início do recesso parlamentar.

Com a aprovação da proposta, o governo poderá cumprir o cronograma de venda da empresa, com leilão previsto para março de 2022. No mesmo trimestre, o governo quer privatizar a Eletrobras, proposta que já passou pelo Congresso Nacional.

A proposta cria a Anacom (Agência Nacional de Comunicações), que deverá substituir a atual Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A nova agência irá regular os serviços do Sistema Nacional de Serviços Postais.

"A empresa vai pegar o Brasil inteiro. A gente chegou a avaliar fatiar por região, mas entendemos que para garantir a universalização é preciso ter o subsídio cruzado dentro da própria empresa", disse Mac Cord ao jornal.

Condições para privatização dos Correios

Ainda não foi definido o valor previsto para a privatização. No entanto, segundo o secretário, é fundamental que o edital seja publicado ainda este ano, provavelmente em dezembro. "Por isso é tão importante votar na Câmara antes do recesso. Se não, o cronograma começa a ficar comprometido. O projeto precisa estar resolvido até agosto. Publicamos o edital em dezembro para que a licitação ocorra em março", argumentou.

O secretário chegou a citar dados de um estudo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que afirma, entre outras coisas, que a empresa não tem tecnologia, tem baixa produtividade e que o faturamento no ano passado caiu 6% em relação a 2019.

*Com informações do O Globo e UOL