Política

Haddad diz ser a favor de aliança entre PT e PSB nas eleições de 2022

Afirmação foi dita em entrevista com a Rádio Jornal Petrolina nesta quinta(5).

Thiago Santos / Marco Aurélio
Thiago Santos / Marco Aurélio
Publicado em 05/08/2021 às 16:12
Divulgação
FOTO: Divulgação

Fernando Haddad (PT) disse ser a favor de uma aliança entre Partido dos Trabalhadores e o Partido Socialista Brasileiro (PSB) para as eleições presidenciais do próximo ano. Candidato derrotado no pleito anterior, o ex-ministro da Educação destacou que o cenário atual “é mais confortável para a aliança em nome do país”, diferente do ano 2018, quando houve um racha e as duas siglas não chegaram a um acordo nacional.

“Tem que ver o tabuleiro nacional, mas sou francamente favorável a uma aliança com o PSB. Os PT e o PSB precisam da aliança para compor um novo bloco de poder que dê sustentabilidade a um programa a ser eleito no ano que vem. O PSB tem quadros extraordinários. Então, precisamos levar em consideração os interesses PT, mas o PT tem que tentar levar em consideração os interesses dos seus parceiros prioritários”, disse.

Em 2018 o PT se comprometeu a apoiar os candidatos do PSB aos governos de alguns estados, a exemplo de Pernambuco, em troca da neutralidade dos socialistas na eleição presidencial. Na época, Marília Arraes (PT) teve a candidatura retirada e o partido apoiou a reeleição de Paulo Câmara (PSB). Porém, em 2020, nas eleições municipais do Recife, as siglas novamente racharam a parceria, que culminou na disputa entre a petista e João Campos, do PSB, eleito no segundo turno com mais de 56% dos votos.

“Nesse momento a situação [para aliança] é mais fácil que em 2018. Comecei a campanha com 3%. Não é a situação do Lula, que começa quase ganhando no primeiro turno. Então a situação hoje é muito mais confortável para o PT e o PSB para fazer uma grande aliança em nome do país”, disse.

Relação com Márcio França

Ainda sobre essa possível aliança das siglas, que acaba por se esbarrar nas eleições de 2022, já que Márcio França (PSB), assim como o petista, é pré-candidato ao Governo de SP, Haddad se disse disposto a dialogar.

“Sento com Márcio para conversar com prazer e com frequência. Se eu, o Márcio, o PCdoB e o Guilherme Boulos (PSOL), sentarmos e tentarmos configurar um programa moderno para São Paulo, a situação nunca foi tão favorável a uma vitória do campo progressista”, disse.