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Táxis da Tailândia viram hortas após diminuição da demanda de passageiros por causa da pandemia

Os veículos ficaram inutilizados com a pouca procura de clientes.

Eduarda Cabral
Eduarda Cabral
Publicado em 17/09/2021 às 10:05
AP Photo/Sakchai Lalit
FOTO: AP Photo/Sakchai Lalit

Com a pandemia da Covid-19, diversos serviços foram afetados em todo o mundo. É o caso do serviço de transporte de passageiros, que apresentou queda na demanda. Por isso, taxistas tailandeses decidiram transformar seus carros de maneira bastante ecológica. Os veículos viraram pequenas hortas, plantadas por trabalhadores de duas cooperativas de táxi.

Os jardins nos táxis da Tailândia foram montados em uma base formada por sacos de lixo, com amarrações de bambu. Em cima, os motoristas colocaram terra e plantaram cultivos como tomate, pepino e vagem. O resultado parece uma grande obra de arte ao ar livre e tem um objetivo: chamar a atenção das autoridades para a situação dos motoristas que tiveram sua renda prejudicada por causa da pandemia.

Baixa demanda

Atualmente, as cooperativas Ratchapruk e Bovorn Taxi têm apenas 500 carros restantes nas ruas de Bangkok, com 2.500 parados diversos locais da cidade. Muitos motoristas deixaram a cidade durante a pandemia e voltaram para suas casas nas áreas rurais, deixando a cidade com longas filas de veículos inutilizados.

“Alguns deixaram seus carros em lugares como postos de gasolina e nos chamaram para pega-los”, lembrou o executivo de 54 anos Thapakorn Assawalertkul. “Se não tivermos ajuda em breve, teremos problemas reais”, disse ele à Associated Press na quinta-feira (16).

Os jardins dos táxis não oferecem um fluxo de receita alternativa. Os funcionários das cooperativas, que deveriam aceitar cortes de salários, agora se revezam no cuidado das hortas recém-construídas. “A horta é tanto um ato de protesto quanto uma forma de alimentar minha equipe durante este período difícil”, disse Thapakorn. “A Tailândia passou por turbulências políticas por muitos anos e uma grande enchente em 2011, mas os negócios nunca foram tão terríveis.”

*Com informações do G1