Um homem de 67 anos admitiu ter matado duas mulheres em 1987 e ter abusado sexualmente de vários cadáveres femininos, incluindo de crianças, em um necrotério de dois hospitais na Inglaterra.
O eletricista David Fuller se declarou culpado pela morte e estupro de Wendy Knell, de 25 anos, e de Caroline Pierce, de 20, na cidade de Tunbridge Wells.
Os crimes só foram admitidos pelo homem no quarto dia de julgamento. Até o momento, a defesa dele dizia que o homem não deveria ser culpado pelos assassinatos por estar com suas funções mentais debilitadas.
Durante o julgamento, ele também admitiu que praticou necrofilia (abuso sexual de cadáveres) nos hospitais Kent e Sussex, durante 12 anos, enquanto trabalhava nos locais como eletricista.
De acordo com a polícia, Fuller fez, pelo menos, 99 vítimas, incluindo crianças, entre 2008 e novembro de 2020. Segundo o The Guardian, os promotores consideram esse “o pior crime desse tipo na história do direito britânico".
Na casa dele, foram encontradas 4 milhões de imagens de abusos sexuais, incluindo filmagens e fotografias dele abusando dos cadáveres. As evidências estavam em discos rígidos escondidos presos atrás de um armário.
De acordo com o promotor Duncan Atkinson QC, as evidências de necrofilia foram encontradas após uma revista feita pelos policiais na casa dele. “Quando esses discos rígidos foram examinados, descobriu-se que continham uma biblioteca de depravação sexual inimaginável”, disse o promotor.
Ainda segundo o promotor, essas imagens provam que Fuller cometeu os atos por "gratificação sexual" e não por doença mental.
A data para a divulgação da sentença de Fuller ainda não foi definida.
Os assassinatos
Wendy Knell foi encontrada morta com ferimentos graves no apartamento onde morava em 23 de junho de 1987.
Caroline Pierce foi morta em 24 de novembro do mesmo ano. Na noite anterior ao crime, os vizinhos disseram ter ouvido gritos vindos do apartamento dela. A jovem foi dada como desaparecida e seu corpo foi encontrado em uma represa, no dia 15 de dezembro.
David Fuller foi preso em 3 de dezembro de 2020, após uma nova análise do DNA encontrado nos corpos das mulheres conectarem ele aos crimes.
*Com informações The Guardian
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