De acordo com dados divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta sexta-feira (12), a Amazônia Legal teve uma área de 877 km² sob alerta de desmatamento, uma alta de 5% em relação a 2020 e recorde da série história.
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A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, e engloba a área de 8 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Maranhão.
Os alertas foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares.
Na maior e mais importante conferência sobre o clima do planeta, a COP26, que acontece em Glasgow, na Escócia, o Brasil ignorou os recordes de devastação e prometeu acabar com o desmatamento ilegal até 2028.
Segundo o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, as etapas para cumprir o objetivo serão as seguintes:
• Redução de 15% ao ano até 2024;
• Redução de 40% ao ano em 2025 e em 2026;
• Redução de 50% em 2027;
• Zerar o desmatamento ilegal em 2028.
Para Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, os dados mostram que o governo brasileiro não tem a menor intenção de cumprir os compromissos assinados na COP26.
"Em Glasgow, o governo montou um enorme espaço para vender a ilusão de que tem compromisso ambiental. Mas para o mundo, o que interessa não são os metros quadrados do stand brasileiro , e sim os quilômetros de floresta que são destruídas todos os dias", diz Astrini.
'Campeões' do desmatamento
Mais uma vez, o Pará foi o estado com maior área sob alerta de desmatamento: 501 km². Em seguida vieram Amazonas, com 116 km², Mato Grosso, com 105 km², e Rondônia, com 100 km².
O Acre teve 40 km² sob alerta; Roraima, 8 km²; o Maranhão, 4 km²; o Amapá, 2 km²; e o Tocantins, 1 km². Brasil na COP
*Com informações do G1
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