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TJPE decide por unanimidade manter condenações dos 'Canibais de Garanhuns'

Trio confessou que matava e esquartejava as vítimas, além de consumir e fazer salgados para vender com a carne delas

Lyllyan Belo
Lyllyan Belo
Publicado em 16/11/2021 às 19:34
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Foto: Guga Matos/JC Imagem
Jorge recebeu pena de 71 anos, Isabel pegou 68 anos e Bruna foi condenada a 70 anos e dez meses de prisão - FOTO: Foto: Guga Matos/JC Imagem

Os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decidiram por unanimidade manter as condenações dos ‘Canibais de Garanhuns’, na tarde desta terça-feira (16). O trio foi preso em 2012 pelo homicídio de duas mulheres em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco.

Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva foram presos em abril de 2012 após restos mortais de Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, e Giselly Helena da Silva, de 31, serem encontrados no quintal da casa onde eles viviam. Alguns meses depois, o assassinato de Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos, em 2009, no bairro de Rio Doce, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, também foi associado ao trio. A adolescente tinha uma filha, que os três criaram desde então.

Além dos homicídios, Isabel confessou que eles esquartejavam as mulheres, praticavam canibalismo, e também vendiam salgados com a carne das vítimas. O relato foi gravado em vídeo.

As condenações

O júri popular ocorreu em dezembro de 2018, onde foram condenados por homicídios triplamente qualificados, ocultação de cadáver e vilipêndio de cadáver de Alexandra e Giselly. Jorge Beltrão recebeu a pena de 71 anos de prisão. Isabel Cristina pegou 68 anos. Já Bruna Cristina foi condenada a 71 anos e dez meses de prisão. Os advogados de defesa recorreram.

O desembargador Antônio de Melo e Lima, relator do processo em segunda instância, votou nesta terça contra a redução das penas e contra outros argumentos apresentados pelos advogados dos réus.

A única que recebeu redução na pena foi Bruna, agora com condenação de 70 anos e dez meses de prisão.

Jorge, Isabel e Bruna seguem presos, segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres). O primeiro cumpre a pena na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, Litoral Norte do Estado. Já Isabel e Bruna estão presas na Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste. Todos os três são considerados com bom comportamento.

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