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Pernambuco acumula 1.754 obras públicas paralisadas ou com indícios de estagnação

Entre as obras, estão as barragens que evitariam as inundações da Mata Sul, a Adutora do Agreste, e o Janelas para o Rio

Gabriela Luna
Gabriela Luna
Publicado em 18/11/2021 às 9:18
Notícia
Divulgação/Compesa
Obras da Adutora do Agreste em Pernambuco - FOTO: Divulgação/Compesa

Segundo um levantamento divulgado nessa quarta-feira (17) pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), Pernambuco tem 1.754 obras paralisadas ou com fortes indícios de paralisação. Essas obras envolvem contratos nos valores de R$8,68 bilhões, dos quais R$ 2,5 bilhões já foram pagos.

Estão nesta situação um trecho da Adutora do Agreste - em obras desde 2013 -, quatro das cinco barragens que seriam construídas para evitar inundações na Mata Sul; e obras que seriam feitas para a Copa, como o Corredor Norte-Sul e o Corredor Leste-Oeste. O projeto Janelas para o Rio do Estado também está em ritmo lento. O parque começou a ser construído na cidade de Caruaru, no terreno da Escola Municipal Altair Nunes Porto. O custo da obra é de R$ 6 milhões.

"Toda obra paralisada gera prejuízo, porque a própria obra se deteriora, desmobiliza o canteiro, tem que contratar uma vigilância para tomar conta. Não tem uma obra inacabada que não gere prejuízo, fora o dano que isso traz ao cidadão”, afirma o auditor de contas externas do TCE-PE, Alfredo Montezuma.

Os auditores vão enviar ofícios a 226 gestores que respondem pelos empreendimentos analisados. Depois, eles vão apresentar uma resposta, que deve incluir o que será feito para finalizar a obra.

Resposta

Em nota, o Governo do Estado, informou que: “Desde 2015, o Brasil tem enfrentado crises sucessivas, sendo a mais grave a pandemia do coronavírus que afetou o andamento de todos os setores da economia, notadamente as contas públicas e a construção civil. Apesar da crise sanitária Pernambuco recuperou em 2021 sua capacidade de contrair empréstimos e deu início ao Plano de Retomada, no último mês de agosto. Várias das obras listadas pelo TCE como paralisadas já estão em andamentos e devem ser concluídas ou pelo menos reiniciadas até o final de 2022 dentro do orçamento de R$ 5 bilhões mobilizado para o reaquecimento da economia e geração de emprego e renda.”

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