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Brasileira sofre golpe de namorado virtual e tem prejuízo de R$ 99 mil

Caso ocorreu com uma professora aposentada

Gabriela Luna
Gabriela Luna
Publicado em 14/12/2021 às 8:01
Notícia
Foto: Fotos Públicas
Em Pernambuco, várias pessoas já foram vítima e polícia foi informada - FOTO: Foto: Fotos Públicas

Enganada após dar dinheiro a quem acreditava ser seu namorado virtual, uma professora brasileira de 68 anos teve um prejuízo de R$ 99 mil. No entanto, tudo não passava de um golpe.

Gary Rone Wolfgang, como se apresentou o golpista que ela conheceu no Facebook, disse ser um engenheiro milionário que vivia na Califórnia, nos Estados Unidos.

Segundo informações de Rogério Gentile, colunista do UOL, ele teria descrito para a professora que estava a bordo de um navio em uma viagem à negócios na Austrália, e teria prometido visitá-la no Brasil.

O golpista relatou ainda que a embarcação em que estava seria atacada por piratas, mas que teria, por precaução, enviado dinheiro e os seus bens pessoais para o Brasil.

Durante a conversa por mensagem, Gary informou à professora que seus bens estavam presos na alfândega e solicitou que ela pagasse o valor para retirada, mas que iria ressarci-la assim que possível. A mulher então repassou cerca de R$ 99 mil para a conta indicada por ele.

Investigação

Ela teria começado a desconfiar do golpe quando Gary começou a descrever as rotas absurdas percorridas pelo navio. O filho dela, estranhando o valor que a mãe tinha transferido para o homem, a levou para a delegacia e registrou da ocorrência.

Após a quebra de sigilo bancário, a polícia descobriu o golpe. A conta indicada por "Gary" pertence a uma ex-namorada do nigeriano Fidelis Isolor, que mora no Brasil.

Ele foi condenado em primeira instância a devolver o dinheiro para a vítima e recebeu uma pena de três anos e seis meses de prisão em regime aberto, mas a sentença foi substituída por prestação de serviços à comunidade.

A ex-namorada dele e titular da conta em que o dinheiro foi depositado, Damaris Pereira, também foi condenada como cúmplice do estelionatário. Ela afirma sua inocência e diz não saber que os valores depositados vinham da prática de um crime.

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