Um time de investigadores identificou o suspeito que teria revelado para nazistas a localização do esconderijo onde Anne Frank passou dois anos com a família. Descoberta é feita mais de 70 anos após a morte da judia, aos 15 anos, em um campo de concentração na Alemanha.
Após seis anos de trabalho, a equipe apontou que a família Frank teria sido traída por Arnold van den Bergh, um judeu que vivia em Amsterdã, na Holanda e morreu em 1950. Ele teria revelado a informação para salvar a própria família.
Van den Bergh foi membro do Conselho Judaico da capital holandesa, um órgão dissolvido em 1943 que foi forçado a implementar a política nazista em áreas onde viviam judeus.
O time que fez a pesquisa diz ter encontrado evidências de que Otto Frank, o pai de Anne, sabia o nome de quem o havia denunciado, mas manteve a informação em segredo. Nos arquivos de uma investigação anterior, foi encontrada a cópia de um bilhete anônimo enviado a Otto, identificando van den Bergh como o traidor.
Em comunicado, o museu da Casa de Anne Frank afirmou estar "impressionado" com as descobertas da equipe de investigação. O diretor-executivo da instituição, Ronald Leopold, disse em nota que a nova pesquisa "gerou novas informações importantes e uma hipótese fascinante que merece mais pesquisas".
O museu informou que não estava diretamente envolvido na investigação, mas compartilhou arquivos com a equipe.
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