Acusado de cometer violência sexual em grupo contra uma mulher albanesa, em 22 de janeiro de 2013, o atleta Robinho foi condenado em última instância, nessa quarta-feira (19), pela Justiça italiana.
O atacante e o amigo Ricardo Falco foram condenados a nove anos de prisão e a Justiça italiana poderá pedir a extradição dos dois. A constituição brasileira veta a extradição de brasileiros, mas a Itália poderá pedir que eles cumpram as penas em uma penitenciária no Brasil.
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Por ser última instância, a condenação não cabe mais recurso e tem pena definitiva, com execução imediata.
Defesa do atleta, o advogado Franco Moretti tentou ser bastante ativo no julgamento: constestou as provas não aceitas em segunda instância além de tentar desqualificar o relato da vítima alegando familiaridade dela com o álcool.
Moretti chegou a se exaltar durante a fala ao declarar que a vítima estava "tocando os genitais" de Robinho e dos amigos.
Mesmo assim, o procurador Stefano Tocci pediu que o recurso fosse rejeitado, o que acabou acontecendo ao final da audiência.
O caso
Segundo as investigações, Robinho e mais cinco amigos teriam estuprado uma jovem albanesa em um camarim de uma boate italiana, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu 2013, quando o jogador atuava pelo Milan.
Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017. Os advogados de Robinho afirmam que ele não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve "equívoco de interpretação" sobre conversas interceptadas com autorização judicial, uma vez que alguns diálogos não teriam sido traduzidos de forma correta para o italiano.
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