Policial

Criança corre para fugir de tiros na rua de casa e acaba morrendo atropelado

Nicolas estava brincando na rua com a irmã quando foi atropelado

Bruna Padilha
Bruna Padilha
Publicado em 20/01/2022 às 16:17 | Atualizado em 20/01/2022 às 16:18
Notícia
CORTESIA/FAMÍLIA
TRAGÉDIA Nicolas Gomes, 8 anos, bricava na rua quando morreu - FOTO: CORTESIA/FAMÍLIA

O pequeno Nicolas Edgar Sampaio Gomes, de 8 anos, estava brincando na tarde de quarta (19) com sua irmã na rua de casa quando tiros foram ouvidos. O menino se assustou e correu, quando acabou sendo atropelado por um veículo no Bairro do Passarinho, na Zona Norte do Recife.

De acordo com a mãe, que não quis se identificar, dois suspeitos estavam sentados no fim da rua quando um carro apareceu e eles tentaram roubar-lo. Mas o motorista acabou percebendo e deu ré, quando os homens atiraram e o carro passou a cabeça na roda da cabeça da criança.

A criança estava brincando com a irmã depois de ajudar com as compras do mercado. "Ele saiu correndo com a irmã. Assim que saiu, escutei os dois disparos. Quando corri, minha menina já vinha correndo melada de sangue, porque tinha pego nele, dizendo ‘Nicolas, mainha’. O couro cabeludo dele tinha sido arrancado e havia muito sangue", relatou.

Na comunidade há outra versão, de que quem estava dentro do carro teria efetuado os disparos e atropelado Nicolas.

Causa da morte

Um amigo da família chegou a levar Nicolas ao Hospital Miguel Arraes (HMA) mas ele não resistiu. O corpo já foi liberado do Instituto Médico Legal (IML), na tarde desta quinta (20), que mostrou a causa da morte como "traumatismo cranioencefálico" e elimina a teoria de que ele teria sido baleado.

A família de Nicolas pede esclarecimento dos fatos, após a Polícia Civil registrar o caso como "ocorrência de Acidente de Trânsito com Vítima Fatal".

"Isso não é justo com uma mãe. Tem que pegar os envolvidos, porque ninguém prestou socorro ao meu filho, ele ficou sozinho na esquina, todas as crianças correram, as mães correram e deixaram ele sozinho sangrando na rua. Isso não existe", disse a mãe.

*Com informações do Jornal do Commercio 

Comentários