Violência

Três homens são presos suspeitos de matar congolês em espancamento

Moïse Kabagambe foi morto após ir cobrar dívida de trabalho no Rio de Janeiro

Marilia Pessoa Marilia Pessoa
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Marilia Pessoa
Publicado em 02/02/2022 às 9:00
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REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS
CRUELDADE Congolês de 24 anos foi agredido até a morte depois de ir cobrar pagamento por trabalho - FOTO: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

Três homens foram presos, nessa terça-feira (1º), suspeitos de espancarem o congolês Moïse Kabagambe até a morte em um quiosque na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Segundo a família do imigrante, Moïse foi morto após ir cobrar um dívida de trabalho.

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Segundo o portal G1 Rio de Janeiro, os suspeitos devem responder por homicídio duplamente qualificado, impossibilidade de defesa e meio cruel.

De acordo com a polícia, um dos suspeitos é vendedor de caipirinhas na praia e foi preso em Paciência. Ele foi identificado apenas como Fábio Silva. Ele teria confessado que deu pauladas na vítima.

Um outro homem confessou o espancamento e se apresentou na 34ª DP. Ele foi levado para a Delegacia de Homicídios do Rio e disse, em um vídeo, que "ninguém queria tirar a vida dele"[Moïse] e que o grupo foi "defender o senhor" do quiosque do lado.

A polícia não divulgou informações sobre o terceiro suspeito que foi preso.

O dono do quiosque onde Moïse trabalhava depôs nessa terça e disse aos policiais que o homem não conhece os agressores. Além disso, ele também negou que estava com dívidas com o congolês. A defesa afirmou que o dono do estabelecimento estava em casa quando Moïse foi espancado.

A polícia divulgou imagens de câmeras de segurança do quiosque que registraram o momento em que a vítima foi espancada. Nas imagens, é possível ver que Moïse recebeu ao menos 30 pauladas.

Vídeo: câmera de segurança flagrou momento em que congolês Moïse Kabagambe é espancado até a morte

*Com informações do G1 Rio de Janeiro

Relembre o caso Moïse Kakamgabe

Moïse Kakamgabe morava no Brasil desde 2014 e chegou ao país junto com a família para fugir da guerra no Congo. No dia 24 de janeiro deste ano, a família relatou que ele trabalhava como garçom sem contrato e decidiu ir ao local na segunda-feira da semana passada para cobrar duas diárias que não foram pagas.

A Polícia Civil informou através de nota que está investigando o caso e que "as investigações estão em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC)".

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