Os moradores do Rio Grande do Sul puderam ver, na madrugada da última terça-feira (15), flashes de luz percorrendo o céu. A maior incidência do fenômeno ocorreu na cidade de Taquara.
..
O objeto se deslocava pelo ar e parecia explodir enquanto seguia seu trajeto, mas não estava caindo. Quem presenciou o fenômeno especulou a respeito do que seria: um Ovni? Lixo espacial? Satélite?
O que ocorreu, afinal?
Segundo o UOL, o caso foi elucidado pelos astrônomos e o fenômeno se trata de um pedaço de um satélite metrológico chinês Fengyun 1C. O pedaço do satélite, lançado em maio de 1999, ainda continua na órbita da Terra como lixo espacial.
Apesar de ser um objeto brilhante, o objeto não estava realmente piscando, como relatado por quem viu o ocorrido.
"Isto ocorre porque, em dado momento, a luz do Sol ilumina ou não os componentes metálicos, como painéis solares. Eles apenas refletem a luz incidente, gerando os chamados 'flares'", explica o professor Carlos Fernando Jung, proprietário do Observatório Espacial Heller & Jung, que capturou as imagens.
Além disso, as nuvens no céu podem contribuir com o efeito que faz sumir e reaparecer, como se estivesse piscando. "Por isso, muitas vezes são confundidos com ovnis. As pessoas enxergam algumas 'piscadas' e depois não o veem mais, pois o Sol não está incidindo ou foi encoberto por alguma nuvem", explicou o especialista.
Os registros foram feitos a 810 km de altitude, pelo observatório de Taquara, que possui um sistema dedicado a satélites, com duas câmeras que operam em campo de visão estreito, com lentes de 25mm e 50mm.
Comentários