A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento e a interdição de lotes de Losartana nessa quinta-feira (23). A decisão se deu após a descoberta da impureza "azido" acima dos limites de segurança.
Há ordem de interdição e recolhimento para produtos de losartana de Aché, Biolab, Brainfarma, Cimed, Eurofarma, Geolab, Teuto e Prati-Donaduzzi. A medida é preventiva e os pacientes não devem interromper o tratamento.
"Continue tomando o seu medicamento de acordo com as orientações do seu médico. Qualquer alteração de tratamento e medicamento só deve ser feita com orientação médica", recomendou a Anvisa, ao falar da losartana.
Segundo a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED), a losartana potássica foi o segundo princípio ativo mais vendido no Brasil em 2019. Entre 150 milhões e 200 milhões de apresentações de losartana foram comercializadas.
Para trocar a losartana, o paciente pode entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do laboratório. Os meios para contato estão disponíveis na embalagem e na bula.
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IMPUREZAS DA LOSARTANA
Conforme a Anvisa, desde setembro, quando foi descoberta a possibilidade da presença do azido na losartana, a agência tem atuado com as farmacêuticas. Para tomar a decisão, a Anvisa disse ter ouvido também a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Em março, a farmacêutica Sanofi Medley já anunciou que faria recolhimento de todos os lotes de remédios com princípio ativo losartana por causa das impurezas.
Autoridades reguladoras de outros países também adotaram ações de recolhimento da losartana, como Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Portugal, República Checa e Cingapura.
*Com informações da Agência Estado
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