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CASO MARCELO ARRUDA: "Dispensamos apoio de quem pratica violência", diz Bolsonaro sobre morte de petista

Presidente pede apuração e acusa esquerda de ter "histórico de episódios violentos"

Gabriela Luna
Gabriela Luna
Publicado em 11/07/2022 às 11:51 | Atualizado em 11/07/2022 às 11:57
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VIOLÊNCIA Bolsonaro fala sobre morte de líder petista Marcelo Arruda - FOTO: REPRODUÇÃO

Nesse domingo (10), o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou sobre o assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, enquanto comemorava o aniversário de 50 anos. Em publicação no Twitter, Bolsonaro disse que dispensa apoio de quem pratica violência, mas aproveitou para atacar a esquerda em uma sequência de posts.

“Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018: Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”, disse Bolsonaro.

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O presidente seguiu afirmando que a esquerda seria responsável por diferentes crimes.

“É o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento”, continuou.

“Falar que não são esses e muitos outros atos violentos mas frases descontextualizadas que incentivam a violência é atentar contra a inteligência das pessoas. Nem a pior, nem a mais mal utilizada força de expressão, será mais grave do que fatos concretos e recorrentes”

Bolsonaro finalizou afirmando que espera que as autoridades investiguem o crime e tomem as providências necessárias em relação ao responsável pelo crime, mas também quanto a pessoas que estivessem tentando prejudicá-lo com o fato.

“Que as autoridades apurem seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis, assim como contra caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 hora por dia", finalizou Bolsonaro.

MORTE DE MARCELO ARRUDA

Enquanto comemorava seu aniversário de 50 anos, na madrugada de domingo (10), Marcelo Arruda, tesoureiro do PT no Paraná, teve a festa invadida pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). Nenhum dos convidados presentes conhecia o homem.

A festa tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula, e Jorge José chegou ao local gritando palavras de ordem a favor de Bolsonaro. Ele teria apontado a arma para Marcelo e feito ameaças.

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Marcelo Arruda na comemoração dos seus 50 anos, pouco tempo antes de ser assassinado - REPRODUÇÃO

Na sequência, ele deixou o local, mas retornou, pouco depois, disparando contra Arruda. O guarda municipal revidou os tiros, e acabou morrendo em seguida.

Jorge José também foi dado como morto, mas a delegada responsável pelo caso afirmou que ele sobreviveu.

 

 

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