Nesta quinta-feira (25), o candidato Lula (PT) participou do Jornal Nacional em uma série de entrevista aos participantes da corrida pela presidência, coordenada por William Bonner e Renata Vasconcellos.
Diante das discussões e temas abordados, o Lula foi questionado sobre o agronegócio, Movimento Sem Terra (MST) e o desmatamento.
O candidato falou sobre uma verdadeira divisão no setor do agronegócio entre "fascistas e direitistas", que são interessados em armamento, enquanto, há produtores rurais sérios.
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Logo, confira a fala de Luiz Inácio Lula da Silva no Jornal Nacional.
LULA NO JN: saiba fala do candidato sobre agronegócio
O diálogo estabelecido entre os jornalistas e candidato à presidência é em um modelo de perguntas e respostas com o objetivo de compreender as propostas e esclarecer problemáticas do cenário político atual.
Dessa forma, confira o declaração de Lula sobre o agronegócio.
"Antes da gente abordar um pouquinho sobre os Sem Terra, preciso fazer esse esclarecimento, porque como o senhor colocou parece que o setor do agronegócio faz oposição ao meio ambiente sustentável...", Renata Vasconcellos intercede fala de Lula sobre a relação do MST e o agronegócio.
"Faz, faz mesmo... Você acabou de ver! Veja, o agronegócio que é fascista e direitista, porque os empresários sérios, que trabalham no agronegócio, que tem comércio no exterior, que exporta para a Europa, para China, esses não querem desmatar! Esses querem preservar nossos rios, querem preservar nossas árvores, querem preservar nossas faunas, esses não.", falou Lula.
Mas a gente tem um monte (de empresário do agronegócio) que quer! Vamos tentar lembrar do que o atual presidente tinha um ministro do meio ambiente que dizia que era pra invadir com a boiada, desmatar a Amazônia (...)"
O candidato fez referência à fala polêmica do ex-ministro do Meio Ambiente, Roberto Salles, que durante uma reunião ministerial, em 2020, destacou para os ministros que o cenário da Covid-19 era favorável para "passar a boiada", além de afirmar que "não precisamos do Congresso" para evitar regras em relação à proteção da Amazônia, processos judiciais e evitar a crítica da imprensa.
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Lula continuou com a ênfase na exploração correta e científica da biodiversidade da Amazônia e a vontade do candidato em relação à gerar empregos.
Somado a isso, quando questionado sobre o papel do MST no governo, caso garanta a vitória nas urnas, o candidato se referiu a mudança do movimento e acrescentou sobre a conquista de Bolsonaro
"Agora, Bolsonaro está ganhando alguns fazendeiros porque tá liberando arma. Tem gente que acha que é bom ter arma em casa, que acha que é bom matar alguém, não! O que nós queremos é pacificar esse país porque, para mim, o pequeno produtor rural, o médio produtor rural tem que viver pacificamente com grandes negócios que o Brasil tem, com possibilidade de ter os dois! (...)"
Confira fala de Lula sobre agronegócio.