GREVE

GREVE DOS PROFESSORES: Professores do Recife deflagram greve e pressionam João Campos a pagar o piso

GREVE PROFESSORES RECIFE: Sindicato decretou greve na manhã desta terça-feira

Jamildo Melo
Jamildo Melo
Publicado em 21/03/2023 às 14:12
Reprodução/Sinpere
Professores do Recife deflagraram greve - FOTO: Reprodução/Sinpere

Conforme antecipou o blog de Jamildo, mais cedo, os professores do Recife deflagraram greve na manhã desta terça-feira (21). A decisão foi anunciada em assembleia realizada pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), no Teatro Boa Vista.

A categoria almeja reajuste de 14,95% por parte da prefeitura, em adesão ao piso salarial exigido pelo MEC. Segundo o órgão, a gestão João Campos negou o valor e ofertou valor muito abaixo do solicitado.

O sindicato diz que a prefeitura apresentou proposta de 6,95% para todas as faixas a partir de março, e os 8% restantes em julho, em forma de abono.

A categoria dos professores de Recife, em assembleia na manhã de hoje, decretou greve na Rede Municipal, em decorrência do descaso do Governo João Campos com a educação. Foi rejeitada a proposta de reajuste de 6,95% e abono. Reiterando, mais uma vez, que 14,95% é o valor estabelecido pela Lei 11.738/08.

A Prefeitura do Recife ainda não se pronunciou.

Greve dos professores do Recife

Os profissionais do município haviam entrado em estado de greve no último dia 8. Segundo Jaqueline Dornelas, coordenadora do Simpere, os professores decidiram pela deflagração por se sentirem frustrados na negociação.

"Deliberou por decretar greve por não termos sido atendidos no pleito, que é a aplicação integral do reajuste do piso nacional da categoria, que é de 14,95% para professores ativos e aposentados", disse.

Ela reforça, porém, que a decisão de hoje não significa a paralisação imediata das aulas.

"Marcamos uma assembleia para o próximo dia 29, onde a categoria novamente vai estar reunida para, então, decidir, parar as atividades ou não".

Sobre a proposta da prefeitura, de pagar parte do reajuste como abono, ela afirma que a categoria rechaçou por unanimidade.

"Isso não é valorização. A categoria rejeitou e não houve voto contrário. Rejeitamos porque abono não é salário e não valoriza a categoria".

"É importante denunciar que a prefeitura retirou R$ 20 milhões do orçamento da educação pública para pagar a dívida. Se há dinheiro, qual é o motivo de não valorizar profissionais da educação que tanto se dedicam às escolas públicas da cidade? É preciso pagar o reajuste justo e para todas as professoras e professores, aposentados e ativos. É a luta do Simpere".