O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria pela condenação e consequente inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (30). O julgamento foi retomado no final da manhã com o voto da ministra Cármen Lúcia.
Antes mesmo da leitura de uma síntese do voto, a ministra adiantou que se manifestaria a favor da condenação de Bolsonaro. Assim, o placar ficou em 4 a 1 contra o ex-presidente.
Bolsonaro é julgado pela reunião com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, na qual difamou sem provas o sistema eleitoral brasileiro. O encontro foi transmitido pela TV oficial do governo.
Até agora, quatro dos sete ministros da corte (Benedito Gonçalves, Floriano de Azevedo Marques Neto, André Ramos Tavares e Cármen Lúcia) votaram para reconhecer o abuso de poder político e o uso indevido dos meios de comunicação por parte do ex-presidente, após uma sequência de mentiras e ataques ao sistema eleitoral, e declarar a inelegibilidade do ex-presidente.
Durante as sessões, apenas o ministro Raul Araújo se manifestou para livrá-lo da acusação. Faltam ainda votar os ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes, presidente do tribunal.
BOLSONARO INELEGÍVEL? TSE conclui JULGAMENTO do EX-PRESIDENTE; VEJA DECISÃO!
Com o cenário de inelegibilidade confirmado, Bolsonaro não poderá disputar nenhum cargo político por meio de eleições até o ano de 2030, quando terá 75 anos.
A partir disso, o ex-chefe de Estado também perde o posto de principal antagonista político do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), obrigando uma reconstrução da sua base de apoiadores para que um novo nome herde o capital eleitoral deixado.