Leslie Van Houten, uma seguidora de Charles Manson, foi libertada da prisão na Califórnia nesta terça-feira (11) após cumprir mais de 50 anos de pena por sua participação em dois assassinatos.
O Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia confirmou que Van Houten foi liberada para supervisão de liberdade condicional, conforme comunicado divulgado.
Ela deixou a prisão nas primeiras horas da manhã e foi levada para um alojamento provisório em uma cidade próxima a Los Angeles, de acordo com sua advogada Nancy Tetreault.
Tetreault afirmou à agência de notícias Associated Press que Van Houten ainda está se ajustando à ideia de que está livre.
A decisão de liberá-la foi tomada depois que o governador Gavin Newsom anunciou que não iria recorrer de uma determinação judicial que permitia que Van Houten cumprisse o restante de sua pena em liberdade condicional.
De acordo com seu advogado, espera-se que ela passe cerca de um ano em uma casa de recuperação, onde poderá aprender habilidades básicas, como dirigir um carro, fazer compras em supermercados e obter um cartão de débito.
Leslie Van Houten, atualmente na casa dos 70 anos, foi condenada à prisão perpétua por sua participação nos assassinatos de Leno LaBianca, um comerciante em Los Angeles, e sua esposa, Rosemary, ocorridos em agosto de 1969.
Durante o crime, Leslie Van Houten descreveu em depoimento judicial que segurou uma fronha sobre a cabeça de Rosemary LaBianca enquanto outros a esfaqueavam. Em seguida, ela mesma desferiu cerca de 15 golpes de faca na mulher.
O casal foi morto em sua casa, com o sangue espalhado pelas paredes. É importante ressaltar que Leslie não participou dos assassinatos da atriz Sharon Tate e seus quatro convidados, que ocorreram na véspera.
Charles Manson, líder do culto conhecido como a "Família Manson", foi condenado por orquestrar os assassinatos brutais e violentos que chocaram a sociedade na época.
No entanto, Manson não cometeu os crimes pessoalmente. Ele foi condenado por conspiração e incitação aos assassinatos. Manson faleceu na prisão em 2017, aos 83 anos, de causas naturais, após passar quase cinco décadas cumprindo pena.
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