POLÍTICA

Marcos do Val diz ter "bomba para destruir Bolsonaro e Lula", mostra relatório da PF

Mensagem foi encontrada em celular de Marcos do Val; senador afastado é suspeito de tentar obstruir investigações sobre o 8 de janeiro

Gabriel dos Santos
Gabriel dos Santos
Publicado em 12/07/2023 às 10:06 | Atualizado em 12/07/2023 às 11:15
Notícia
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Entenda quem é o senador Marcos do Val, político sofreu ação da PF nesta quinta (15). Também entenda mais sobre investigação contra Marcos do Val - FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal possui conversas obtidas a partir do celular do senador afastado Marcos do Val, nas quais ele descreve um suposto plano de golpe discutido em uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado federal Daniel Silveira. As informações são do blog de Camila Bomfim, no G1.

Do Val está sendo investigado pela PF por supostamente tentar obstruir as investigações dos atos golpistas de 8 de Janeiro.

Em um grupo do WhatsApp, ele menciona uma trama para impedir a posse do presidente Lula.

Nas mensagens, Do Val afirma que está "com a bomba na mão para destruir Bolsonaro e outra para destruir Lula".

Em outro trecho das conversas obtidas pela PF, Do Val se coloca em uma posição de importância, declarando que "simplesmente está em minhas mãos o destino de dois presidentes".

De acordo com fontes consultadas pelo blog de Camila Bomfim, essas informações constam em um primeiro relatório de análise do celular que Marcos do Val entregou voluntariamente à Polícia Federal.

Em junho passado, uma operação da PF apreendeu outros dispositivos, como telefones, pendrives e computadores, em endereços vinculados a Do Val em Brasília e no Espírito Santo. O conteúdo desses dispositivos ainda não foi divulgado.

INVESTIGAÇÕES

As investigações começaram após os investigadores suspeitarem de postagens feitas pelo senador nas redes sociais.

Marcos do Val já disse que foi chamado para uma reunião com Bolsonaro e Silveira, no final de 2022, para discutir um plano de golpe de Estado.

Desde o início das investigações, o senador deu várias versões sobre os fatos citados. As redes sociais dele foram bloqueadas por determinação da Justiça.

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