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Tentativa de invasão de hackers da Coreia do Norte em empresa de TI dos EUA visando roubo de criptomoedas

A invasão teria acontecido no final de junho

Vitória Floro
Vitória Floro
Publicado em 20/07/2023 às 20:22 | Atualizado em 20/07/2023 às 20:26
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A abertura poderia levar à instalação de uma backdoor, uma espécie de porta de acesso para o hacker, que, em seguida, funcionaria de forma oculta no computador. - FOTO: PIXABAY

Um grupo de hackers apoiado pelo governo norte-coreano conseguiu invadir uma empresa de gerenciamento de TI sediada nos Estados Unidos, chamada JumpCloud, com sede em Louisville, Colorado.

A invasão ocorreu no final de junho e, a partir desse acesso, os hackers utilizaram a empresa como ponto de partida para atacar algumas de suas clientes, sendo que menos de 5 empresas foram afetadas, conforme relatado pela JumpCloud em um post em seu blog.

Embora a JumpCloud não tenha identificado publicamente as empresas afetadas, empresas especializadas em segurança cibernética, como a CrowdStrike Holdings, que está prestando auxílio à JumpCloud, e a Mandiant, que está auxiliando um dos clientes da JumpCloud, afirmaram que os hackers envolvidos são conhecidos por suas atividades relacionadas a roubos de criptomoedas.

Esse ataque é mais um exemplo das crescentes ameaças cibernéticas à segurança das criptomoedas e demonstra a sofisticação das táticas utilizadas por grupos de hackers, muitas vezes apoiados por Estados ou regimes.

As autoridades e empresas de segurança cibernética estão em alerta constante para combater essas ações e proteger tanto as empresas quanto os investidores envolvidos no ecossistema das criptomoedas.

As informações fornecidas por duas fontes familiarizadas com o assunto confirmam que os clientes da JumpCloud que foram alvo dos hackers eram empresas do setor de criptomoedas.

Essa invasão ilustra como os espiões cibernéticos norte-coreanos estão expandindo suas táticas, passando de ataques isolados a empresas de moeda digital para alvejar companhias que podem proporcionar acesso mais abrangente a várias vítimas subsequentemente. Esse método é conhecido como "ataque à cadeia de suprimentos".

Tom Hegel, especialista da empresa norte-americana de segurança cibernética SentinelOne, confirmou de forma independente a atuação da Mandiant e da CrowdStrike no caso e expressou que a Coreia do Norte está aumentando sua intensidade nessa área.

Até o momento, a missão da Coreia do Norte na Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York não respondeu aos pedidos de comentário.

Anteriormente, a Coreia do Norte negou qualquer envolvimento em roubos de moeda digital, apesar de numerosas evidências, incluindo relatórios da ONU, que indicam o contrário.

Esse cenário reforça a crescente preocupação com a atuação dos hackers norte-coreanos e a necessidade contínua de fortalecer a segurança cibernética para proteger os ativos digitais das empresas e usuários de criptomoedas.

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