Empresários responsáveis pelas linhas de ônibus que circulam na Região Metropolitana do Recife criticaram a decisão dos motoristas de ônibus de aprovarem uma greve do transporte público da Região Metropolitana do Recife a partir de quarta-feira (26).
Ao saber da decisão, a categoria declarou que deve acionar a Justiça do Trabalho para impedir o movimento ou, ao menos, minimizar os transtornos da paralisação de 2.600 ônibus, que diariamente transportam 1,6 milhão de passageiros. As informações são da coluna de Mobilidade do JC.
Em nota oficial, a Urbana-PE - o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco, que representa as dez operadoras do Sistema de Transporte Público de Passageiros da RMR (STPP) - lamenta a decisão e acusa os rodoviários de inviabilizar e tumultuar as negociações salariais.
Leia nota
“A Urbana-PE lamenta a conduta do Sindicato do Rodoviários durante as negociações coletivas deste ano que resultaram na deflagração de greve da categoria. As lideranças rodoviárias tentaram inviabilizar qualquer tipo de entendimento entre as partes, apresentando propostas com contradições e incertezas, o que foi reconhecido pelo próprio advogado dos rodoviários, postulando reajustes de mais de 100% em diversos itens, comparecendo à negociação sem os seus advogados, pedindo adiamentos e se recusando a agendar novas reuniões”
A empresa segue afirmando que vai à Justiça do Trabalho para evitar não só o movimento paredista já programado para o dia 26, mas também possíveis paralisações que venham a ser feitas até lá. “A Urbana-PE tomará as providências necessárias para minimizar os transtornos de eventuais novas paralisações e lembra ainda que várias decisões liminares do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região determinaram que o Sindicato dos Rodoviários se abstenha de impedir o livre acesso dos trabalhadores que desejem exercer as suas atividades e a regular circulação da frota de veículos das empresas operadoras”.