TUBARÃO

Possível Consumo de Cocaína por Tubarões nos EUA: Pesquisadores Investigam o Impacto no Ecossistema Marinho

Especialistas acompanharam de perto a vida marinha, buscando identificar como a presença de cocaína e outras drogas descartadas no mar pode afetar os animais

Vitória Floro
Vitória Floro
Publicado em 22/07/2023 às 13:22 | Atualizado em 22/07/2023 às 13:30
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Foto: Doriedson Campanhan/Flickr
Ataque de tubarão foi registrado no Egito. - FOTO: Foto: Doriedson Campanhan/Flickr

Uma preocupação crescente está chamando a atenção de pesquisadores nos Estados Unidos: pacotes de drogas lançados no mar podem estar afetando a vida marinha, com consequências potencialmente prejudiciais para os tubarões, um dos principais predadores do oceano.

De acordo com dados da Guarda Costeira dos Estados Unidos, correntes marítimas já transportaram mais de 6.000 toneladas de cocaína para a costa da Flórida, sendo grande parte dessas drogas descartada no mar por traficantes que tentam escapar da vigilância das autoridades durante o transporte dos ilícitos.

Com o objetivo de entender o impacto dessas substâncias no ecossistema marinho, o biólogo marinho Tom Hird e a cientista ambiental Tracy Fanara embarcaram em uma investigação que resultou no documentário "Cocaine Sharks" (Tubarões da Cocaína, em tradução livre).

Ao longo das pesquisas, os especialistas acompanharam de perto a vida marinha, buscando identificar como a presença de cocaína e outras drogas descartadas no mar pode afetar os animais.

Durante os mergulhos, os pesquisadores notaram comportamentos estranhos em algumas espécies de tubarões. Por exemplo, um tubarão-cabeça-de-martelo, normalmente tímido em relação às pessoas, se aproximou do grupo nadando de forma desequilibrada.

Outro caso foi o de um tubarão-cinzento, que foi avistado nadando em círculos e fixando seu olhar em um ponto no qual não havia nada aparente.

Esses indícios levantam questões sobre o possível impacto das drogas no comportamento e saúde dos tubarões e de outras espécies marinhas.

Os pesquisadores alertam que entender melhor essa relação é crucial para preservar o equilíbrio dos ecossistemas marinhos e garantir a proteção das espécies ameaçadas, como os tubarões, fundamentais para a saúde dos oceanos.

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