ECONOMIA

Dólar atinge menor valor desde abril de 2022 antes de decisão sobre juros nos EUA

Bolsa sobe e supera os 121 mil pontos em semana com balanços corporativos no radar

Vitória Floro
Vitória Floro
Publicado em 24/07/2023 às 21:58 | Atualizado em 24/07/2023 às 22:01
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Marcello Casal/Agência Brasil
Dólar é negociado neste momento a R$ 3,71 (R$ 3,7197), queda de 0,35% em relação ao pregão de ontem - FOTO: Marcello Casal/Agência Brasil

Nesta segunda-feira (24), o dólar registrou uma queda de 1%, encerrando o dia cotado a R$ 4,733, alcançando seu menor valor desde abril de 2022.

Essa movimentação ocorreu em meio à ansiedade do mercado aguardando a próxima decisão sobre juros do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, e também devido aos dados de inflação no Brasil.

Por outro lado, a Bolsa brasileira teve um aumento de 0,93%, alcançando 121.341 pontos, o maior patamar desde agosto de 2021.

Esse impulso foi impulsionado pelas ações da Petrobras e da Vale e reforçado pelas expectativas relacionadas aos juros e à inflação.

Além disso, os investidores estão aguardando a divulgação dos balanços corporativos de empresas brasileiras ao longo desta semana.

Os olhos do mercado estão voltados para a decisão de política monetária do Fed, que será divulgada na quarta-feira (26).

A aposta é que o banco central americano promoverá um aumento de 0,25 ponto percentual nos juros, mas ainda há incertezas sobre possíveis novas altas ao longo do ano.

Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury, comenta que o cenário mais provável é um aumento de 0,25 ponto na taxa de juros, seguido por uma abordagem mais rígida.

Ele acrescenta que as boas notícias sobre inflação nos Estados Unidos indicam que o Fed poderá adotar uma postura mais cautelosa e aguardar alguns meses para avaliar o desenvolvimento do mercado de trabalho e da inflação.

Caso essa perspectiva de uma pausa no aperto monetário do Fed após julho seja confirmada, a tendência é que o dólar enfraqueça globalmente, uma vez que os investidores possivelmente realocarão seus recursos em mercados mais rentáveis que os dos Estados Unidos.

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