Fernando Villavicencio (59) disputava as eleições presidenciais do Equador. O candidato foi assassinado a tiros na noite de quarta-feira (9), no norte de Quito, enquanto caminhava, escoltado por policiais, em direção à viatura.
O Equador enfrenta uma alta na violência relacionada ao tráfico de drogas. O presidente do país, Guillermo Lasso, prometeu que o crime não ficará impune.
“Indignado e consternado pelo assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à sua esposa e suas filhas. Por sua memória e sua luta, asseguro-lhes que este crime não ficará impune”, escreveu.
Lasso decretou estado de exceção no país durante 60 dias. Esta é uma medida de governo emergencial em que os poderes do Executivo se sobrepõem aos poderes do Legislativo e Judiciário.
Eleições não foram canceladas.
FERNANDO VILLAVICENCIO: VÍDEO mostra exato momento do ATENTADO
Fernando Villavicencio era um forte crítico da corrupção e do crime organizado, que aterroriza a população do país sul-americano.
Villavicencio foi morto com três tiros na cabeça. Há informações não oficiais de que foram disparados mais de 30 tiros. Dias antes de ser assassinado, o candidato disse em rede televisiva que havia recebido diversas ameaças de morte.
Há ainda o registo de mais nove feridos - uma candidata a deputada e dois agentes policiais estão entre os números - de acordo com o Ministério Público.
As autoridades informaram que o suspeito do ataque também morreu.
FERNANDO VILLAVICENCIO: ESQUERDA OU DIREITA?
Segundo informações apuradas, Fernando Villavicencio fazia parte do Movimiento Construye, Centro-Direita.
O primeiro turno das Eleições presidenciais do Equador segue marcado para o dia 20 de agosto.
Villavicencio não estava entre preferidos para ir ao segundo turno nas pesquisas de intenção de voto, lideradas por Luísa Gonzales, do partido Revolução Cidadã.
QUEM ERA FERNANDO VILLAVICENCIO?
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