Deputada Carla Zambelli é convocada pela Polícia Federal para prestar depoimento sobre inquérito relacionado às declarações do hacker Walter Delgatti, conhecido como o hacker da "Vaza Jato".
A confirmação da intimação foi feita pela equipe de defesa de Zambelli ao blog da jornalista Andréia Sadi, destacando que o depoimento está programado para a semana a partir do dia 12 de setembro.
A deputada é suspeita de coordenar a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o propósito de inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, que também é o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nas audiências da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, o próprio hacker Walter Delgatti alega que Carla Zambelli lhe prometeu um cargo na campanha de reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O hacker também revelou ter recebido a quantia de R$ 40 mil de Zambelli. Segundo o advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, esses pagamentos tinham o propósito de financiar a operação de invasão ao CNJ.
A equipe de defesa de Zambelli apresentou à PF comprovantes de transferências via Pix, totalizando R$ 13.500, provenientes de duas pessoas ligadas a ela.
Quanto aos restantes R$ 26,5 mil, afirmam que foram entregues em dinheiro, porém, não detalham quando ou como ocorreu essa transação.
A defesa da deputada nega qualquer ligação das transferências com a invasão ao CNJ.
Nos relatos fornecidos à Polícia Federal, Delgatti afirma que em agosto de 2022, a pedido de Zambelli, participou de uma reunião no Palácio da Alvorada, residência oficial, com o então presidente Jair Bolsonaro (PL), para discutir possíveis ataques às urnas eletrônicas.