Ciclone extratropical causa mortes no Rio Grande do Sul
Rio Grande do Sul é atingido por ciclone extratropical que provou chuvas intensas nas cidades do estado
O Rio Grande do Sul (RS) enfrentou um ciclone extratropical durante a madrugada de segunda-feira, 4 de setembro, causando um rastro de destruição em sua passagem. Mais de 40 cidades no estado testemunharam danos significativos devido às chuvas intensas, resultando na perda de quatro vidas.
O que é um ciclone extratropical? É um fenômeno que acontece pela movimentação de ventos em área de baixa pressão atmosférica localizada na região extratropical da Terra, que geralmente ocorre em latitudes médias ou altas, afastadas dos trópicos.
Confira mais informações sobre o ciclone extratropical.
Ciclone extratropical causa mortes
O ciclone se originou nas proximidades de São Borja (RS) e está previsto para se deslocar em direção ao Oceano Atlântico até o meio-dia, seguindo depois para alto-mar.
A frente fria associada ao ciclone também impactou os estados de Santa Catarina, Paraná e o sul do Mato Grosso do Sul. As chuvas acumularam um volume de cerca de 100mm, com rajadas de vento alcançando velocidades de até 100km/h, segundo o Metrópoles. Essas condições climáticas adversas também podem afetar o estado de São Paulo até o final da tarde.
As vítimas fatais desse temporal que atingiu o RS eram residentes das cidades de Mato Castelhano, Passo Fundo e Ibiraiaras. Três delas perderam a vida por ficarem presas em veículos, enquanto a quarta vítima foi atingida por uma descarga elétrica.
Entre as áreas mais afetadas pelas condições climáticas extremas estão Passo Fundo, Serafina Corrêa, Taquari, Roca Sales, Vacaria e Cruz Alta. Em alguns locais, a água da chuva acumulou-se a níveis próximos das portas dos estabelecimentos, e uma correnteza visível foi observada, como evidenciado em vídeos compartilhados. Além disso, houve relatos de moradores que precisaram ser resgatados dos telhados de suas residências.
O prefeito de Roca Sales (RS), Amilton Fontana, chegou a declarar que a cidade estava isolada e recomendou que os cidadãos deixassem suas casas em busca de abrigo, enfatizando a importância de portar documentos pessoais.
"A água vem subindo num ritmo tão rápido que não tem como as pessoas tirarem os seus pertences. (…) Dá pra dizer que é uma enchente maior que a de 2020. Está bem complicado, continua enchendo muito", alertou o prefeito Amilton Fontana. "Quem conseguiu sair até agora saiu, o restante não tem mais o que fazer, porque começa a não ter mais opção."
A recomendação geral para as pessoas nas áreas afetadas pelas chuvas intensas é buscar abrigo em locais elevados, visando garantir sua segurança diante das adversidades climáticas.