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Bolsonaristas querem ter presidência do Senado Federal

Hoje, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), é considerado mais alinhado com o governo Lula

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Gabriel dos Santos

Publicado em 11/09/2023 às 11:06
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Os parlamentares da oposição estão insatisfeitos com o espaço limitado conquistado sob a presidência do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e já estão debatendo estratégias para promover a eleição de um aliado ao cargo em 2025. As informações são do UOL.

A avaliação é que o candidato deve ser competitivo e capaz de construir pontes com os governantes, o que algum parlamentar de centro como perfil ideal. A avaliação dos bolsonaristas ouvidos pela reportagem do UOL é de que um candidato muito ligado a Bolsonaro pode ter dificuldades de atrair votos.

Nas eleições deste ano, os bolsonaristas apoiaram Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do governo Bolsonaro, que acabou derrotado por 49 a 32 votos. 

SEM PODER

A vitória de um aliado do governo Lula (PT) derrotou o bolsonarismo do Senado, perdendo espaços legislativos cruciais, como a presidência e a relatoria de comissões. O grupo também não conseguiu ocupar nenhuma cadeira na Mesa Diretora, apesar de dispor atualmente de 11 cadeiras.

A designação de um senador como relator confere a ele o poder de negociar com as bancadas e moldar o texto das propostas apresentadas ao plenário.

Um aliado de Bolsonaro expressou seu descontentamento por ter perdido a eleição e busca evitar uma nova derrota em 2025. A ideia é que o candidato apoiado pela oposição não seja completamente alinhado ao bolsonarismo para atrair mais votos.

Apesar da eleição estar distante, os senadores já estão discutindo o assunto. O vencedor de 2025 liderará o Senado nos últimos dois anos do mandato de Lula no Palácio do Planalto - o que pode atrapalhar o governo federal e até dificultar uma reeleição de Lula.

Rogério Marinho será candidato?

Por enquanto, Marinho não revelou seus planos futuros, incluindo se tentará novamente a presidência ou não, mas não descartou essa possibilidade.

O desafio será unir a oposição em torno de um único candidato, pois o grupo inclui tanto bolsonaristas mais radicais quanto uma ala mais pragmática que dialoga com o centrão.

Na avaliação de outro senador, Marinho tem habilidade política para negociar com as bancadas, mas sua proximidade com o ex-presidente pode afastar parte do centrão, que busca espaço no governo Lula. 

Portanto, não está descartada a possibilidade de promover alguém de um partido de centro que não seja aliado do Palácio do Planalto, mas também não seja bolsonarista. A ideia de promover um senador “independente” está ganhando força.

Além de Marinho, também são considerados os possíveis pré-candidatos Davi Alcolumbre (União-AP), Renan Calheiros (MDB-AL) e Eliziane Gama (PSD-MA).

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